De acordo com a agência espanhola de notícias, a EFE, a operação coordenada com a Afripol em oito países africanos, entre os quais Moçambique, permitiu a detenção de 37 pessoas em operações de reforço dos postos fronteiriços e identificação de suspeitos de delitos relacionados com o terrorismo.

Nos meses anteriores à operação, cada país elaborou um plano específico com objetivos nacionais em matéria de luta contra o terrorismo, incluindo nomes e localizações de supostos terroristas, o que permitiu a captura, por exemplo, de um suspeito que opera em Moçambique, mas que acabou por ser detido na Tanzânia, onde estava escondido.

No Quénia, a polícia deteve 17 pessoas, entre as quais figuram dois alegados membros do Estado Islâmico, vários alegados terroristas de outros países e pessoas implicadas no financiamento, propaganda e radicalização das populações.

Os oito países que participaram nesta operação, partilhando informação e definindo objetivos concretos, são o Quénia, República Democrática do Congo, Tanzânia, Djibuti, Moçambique, Somália, África do Sul e Uganda.

A instabilidade política, os problemas socioeconómicos e a porosidade das fronteiras cria um "ambiente propício" para a expansão da atividade terrorista, disse o diretor executivo interino dos Serviços Policiais da Interpol, Cyril Gout, citado pela EFE.

Para este responsável, o controlo coordenado das fronteiras é uma das principais armas na luta contra o terrorismo, e a Interpol proporciona aos funcionários fronteiriços bases de dados com informações sobre cerca de 135 mil terroristas e milhões de registos de documentos de viagem que foram perdidos ou roubados e que podem ser usados para atividades criminosas.

MBA // JMC

Lusa/Fim