
O Exército israelita realizou hoje um ataque com um 'drone' armadilhado contra um armazém de medicamentos no hospital Al-Auda, no norte da Faixa de Gaza, segundo relatou a administração da unidade hospitalar.
Segundo a administração do hospital, citada pelo diário palestiniano Filastin, um incêndio deflagrou no armazém na sequência do ataque das forças israelitas, tendo afirmado que o incidente "ameaça agravar a catástrofe sanitária, pondo em perigo a vida dos pacientes e do pessoal médico".
"Apelamos ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), à Organização Mundial da Saúde (OMS) e às instituições relevantes das Nações Unidas para que intervenham imediatamente", disse a mesma fonte.
Posteriormente, a administração do hospital informou que três funcionários da unidade ficaram feridos no ataque.
As Forças de Defesa de Israel ainda não comentaram estas alegações.
Por seu lado, o grupo extremista Hamas acusou o "Exército de ocupação fascista" de atacar o armazém e disse tratar-se de uma nova ação que visa "destruir o que resta do setor da saúde" na Faixa de Gaza, "como parte da guerra de extermínio" contra a população do enclave palestiniano.
"A comunidade internacional, a ONU e as suas instituições, principalmente o Conselho de Segurança, devem tomar medidas imediatas para impedir este horrível massacre em Gaza e confrontar os planos fascistas do (primeiro-ministro israelita Benjamin) Netanyahu, que violam todas as leis, convenções e tratados internacionais", afirmou o Hamas.
O movimento islamita apelou ainda à população dos países da região e do mundo em geral para que participe em manifestações "de solidariedade para com o povo de Gaza" e "pressione por todos os meios possíveis" para alcançar "o fim da agressão e a quebra do cerco" à Faixa.
A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 53 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
A ofensiva israelita também destruiu grande parte das infraestruturas do território governado pelo Hamas desde 2007.