
É no concelho de São Vicente que o Juntos Pelo Povo ergue a sua primeira "torre de vigia". Esta é a definição de Élvio Sousa que, na última noite eleitoral, afirmou que “a vontade soberana do povo quis que fosse o PSD a Governar e o JPP a vigiar” ao conferir-lhe o estatuto de maior partido da oposição.
“O JPP é cada vez mais um partido de todos os madeirenses e porto-santenses”, julga. “Um partido autonómico, capacitado para a construção de um governo alternativo, sem, porém, deixar de parte o seu capital de experiência e de fiscalização apertada", disse o líder do JPP, na visita do partido, hoje, a São Vicente.
A ‘torre de vigia’ erguida em S. Vicente vai estar atenta a "eventuais situações de tráfico de influências, gestão danosa, enriquecimento ilícito", explicou Élvio Sousa, que prometeu uma oposição construtiva e responsável, mas simultaneamente mais determinada no reconhecido papel de partido que mais fiscaliza o governo. “Está na hora de passar a pente-fino um conjunto de procedimentos que cheira a ‘esturro’ por parte do executivo municipal”, denunciou.
“O procedimento que agora vamos estar atentos reside num procedimento de hasta pública para venda das casas dos antigos magistrados de São Vicente, património do município, e por um valor de apenas 355 mil euros”, diz, numa alusão ao valor de licitação. “Além de outras situações que passaremos a investigar, como é o caso das grutas e dos armazéns, esta operação de venda dos prédios municipais poderá estar envolta em negociatas que, porventura, lesarão os cofres municipais em milhares de euros. A ‘torre de vigia’ vai fiscalizar, com unhas e dentes, o que o executivo desta câmara municipal de São Vicente está a fazer com o dinheiro dos cidadãos", terminou.