Num comício em Castelo Branco, Luís Montenegro recordou os vários compromissos que, há pouco mais de um ano, deixou aos mais velhos, como o aumento de todas as pensões segundo a lei e do Complemento Solidário para Idosos, dizendo que não só "cumpriram estas promessas", como as excederam ao dar um suplemento extraordinário às reformas mais baixas a meio do ano.
"É altura de todos ignorarem o medo, ignorarem as tentativas de contaminação do debate com as velhas táticas de criar novos temores. Há um ano já não havia muito como colar, mas agora é que não há mesmo nada como colar: desta vez respondemos por aquilo que fizemos e estamos a fazer", defendeu.
O líder do PSD escolheu centrar grande parte da sua intervenção neste tema ao recordar que, antes das últimas legislativas antecipadas de março de 2024, veio a Castelo Branco elencar os seus compromissos para com os pensionistas e reformados e as dúvidas que se geraram na oposição.
"Tanto medo quiseram cria: 'vem aí isto e vem aí aquilo, e eles não vão cumprir, e eles cortam pensões, e eles são aqueles dos 600 milhões e querem privatizar a segurança social'. Aquela conversa que toda a gente já estava fartinha de ouvir. E nós dissemos: isso não é verdade, nós temos palavra", recordou.
Um ano e dois meses depois, disse querer prestar contas: "Os pensionistas e reformados portugueses sabem que nós somos mesmo de confiança, nós somos mesmo de cumprir a nossa palavra", disse, numa resposta implícita às críticas do líder do PS que tem acusado a AD de querer privatizar a Segurança Social.
Neste comício, Montenegro repetiu uma mensagem que tem sido uma constante nestes primeiros dias: que apenas o voto na AD pode significar um Governo mais estável a partir de 18 de maio.
"Quero dizer aos portugueses que veem na estabilidade um elemento fundamental: votem mesmo na AD porque este é único que dá esta garantia", defendeu.
O também recandidato a primeiro-ministro voltou a referir que "as pessoas estão cansadas de eleições", e considerou que, além da escolha de um programa, nas próximas eleições está em causa escolher um Governo que tenha condições para o executar.
Por isso, apelou ao voto na AD de todos os que priorizam um Governo estável, mesmo que não concordem "a 100% com as suas ideias", mas no essencial aprovam o que tem sido feito em áreas como salários, pensões, imigração, segurança, saúde ou educação.
"Só no domingo, dia 18, é que há uma possibilidade de dar estabilidade ao país. Na segunda-feira, dia 19, já não é possível. Não é possível corrigir na segunda-feira aquilo que se fez no domingo", disse, noutra mensagem constante desta campanha.
Perante algumas centenas de pessoas que encheram o cineteatro de Castelo Branco, Luís Montenegro justificou a escolha de Pedro Reis, ministro da Economia, como cabeça de lista para este círculo, substituindo a professora universitária Liliana Reis, que este ano nem integrou a lista de deputados da AD.
"O Pedro Reis está em Castelo Branco para que nós possamos dizer a todos aqueles que aqui vivem e trabalham que a nossa aposta é termos uma economia forte com indústria, com serviços, com comércio, com turismo, com agricultura, e com isso poder fixar as populações", disse, considerando a escolha "um sinal inequívoco" da importância que a AD dá não só ao distrito, mas também a todos os territórios de baixa densidade.
Para Montenegro, "estas são terras de baixa densidade, mas de elevado potencial, desde logo humano".
"De gente de princípios, de valores, gente de trabalho, gente que quer acrescentar, gente positiva, gente alegre, gente que está disponível para acrescentar valor ao país", disse.
A alegria do Governo PSD/CDS-PP foi, aliás, outro dos argumentos usados pelo primeiro-ministro para pedir o voto na AD.
"Nós somos um país alegre, um governo alegre, que confia naquilo que é a raiz e a alma do ser português", elogiou.
SMA // JPS
Lusa/fim