O ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, acredita que será possível um entendimento com o PS para fazer passar as alterações à lei dos solos.

Em entrevista ao Público e à Renascença, o ministro diz que o Governo está disposto a ceder às exigências da esquerda.

Castro Almeida afirma que a proposta do Governo prevê não só evitar uma especulação de preços, mas também a construção de aglomerados urbanos em terrenos rústicos sem uma lógica de continuidade ao que já existe.

O ministro insiste na ideia de que a lei vai garantir terrenos 20% mais baratos e que os preços serão suficientemente atrativos para os construtores.

“Queremos pôr as casas tão baratas quanto possível com um limite. Tem que ser um preço que seja suficientemente atrativo para mobilizar um construtor a ter a iniciativa de construir as casas, porque alguém que vai construir as casas vai querer ganhar dinheiro. É este equilíbrio que nós queremos fazer.”

Presidenciais podem ir a uma segunda volta?

Questionado sobre as eleições presidenciais, Castro Almeida diz que vê “várias vantagens” em ver Luís Marques Mendes a formalizar a candidatura o mais rapidamente possível.

Apesar de reconhecer que o comentador da SIC tem “muitas condições” de ser eleito Presidente da República, reconhece que será difícil uma decisão à primeira volta, tendo em conta o elevado número de potenciais candidatos.

“Face ao número de candidatos em presença, aparentemente, vamos ter um elevado número de candidatos quer à direita quer à esquerda e, portanto, isso tornará difícil eleição à primeira volta.”

Já sobre o outro possível candidato às presidenciais de 2026, Gouveia e Melo, o ministro acredita que vai perder o favoritismo a Belém, assim que a campanha começar.

Castro Almeida diz que o militar não tem experiência política para ser Presidente da República.

“Eu acho que quem não tem experiência política não vai ganhar em três meses. O cargo de Presidente da República é o cargo mais político dos cargos políticos. É o topo dos cargos políticos e quem quiser ir para a Presidência da República e não seja para fazer política, vai fazer o quê?”