
"Quando nós dissemos ao país que a segurança era prioritária, que era preciso fazer um policiamento de proximidade, que era preciso dar visibilidade às forças de segurança na rua, chamaram-nos muitos nomes", recordou Luís Montenegro.
O líder do PSD, que falava num jantar comício da AD - Coligação PSD/CDS-PP em Portalegre, no âmbito das eleições legislativas, recordou também que o seu "oponente" nestas eleições afirmou que o primeiro-ministro era o "mais extremista" dos primeiros-ministros desde o 25 de Abril.
"E disse que o nosso Governo era um Governo extremista porque tinha decidido dar visibilidade a operações de prevenção criminal especiais para que pessoas que andavam a traficar mão-de-obra, seres humanos, soubessem que não iam ficar impunes", recordou ainda.
"Quando nós apresentámos esta estratégia éramos extremistas, quando entrámos na campanha eleitoral aqueles que nos acusaram de ser extremistas disseram que não há duvida nenhuma que a segurança é importante e que não há dúvida nenhuma que é preciso até ações mais musculadas por parte das polícias", criticou.
Perante mais de 600 apoiantes da AD, Luís Montenegro confessou que nem foi "capaz" de afirmar que eram necessárias ações mais musculadas por parte das autoridades, criticando desta forma a mudança de estratégia do PS.
"Nem eu fui capaz de dizer que era preciso mais músculo, eu só fui capaz de dizer que era preciso mais visibilidade, que era preciso mais proximidade, mas o meu adversário, que me chamou extremista por dizer que era preciso haver mais proximidade e por dizer que era preciso haver mais visibilidade diz que é preciso mais musculo, ou seja, é preciso mais força das forças de segurança", sublinhou.
"Vejam bem em que é que podem acreditar quando pensam em Portugal em ter uma política de segurança", alertou.
Em matéria de imigração, Luís Montenegro voltou a criticar o PS e também o partido Chega, defendendo a entrada "ordenada" de imigrantes no país.
O candidato da AD defendeu, entre outras medidas, a criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP, mais agilidade e competência no que diz respeito aos processos de retorno da Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) para a PSP.
"Estes dois instrumentos não dependem só do Governo, dependem da Assembleia da República. Estes dois instrumentos foram chumbados no parlamento pelo voto conjunto dos dois grandes parceiros, o PS e o Chega, que naquilo que é mais importante estiveram juntos neste último ano, incluindo no ato de derrubar o Governo", disse.
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