
Um total de 90 migrantes venezuelanos deportados pelos Estados Unidos regressaram hoje ao seu país, informou o Ministério do Interior da Venezuela, acrescentando que o grupo incluía sete menores.
Através de um 'post' no Instagram, o ministério do Estado venezuelano disse que os imigrantes vieram do Texas, Estados Unidos.
"Nesta ocasião, um total de 77 homens, seis mulheres e sete crianças regressaram através do Aeroporto Internacional de Maiquetia, como parte das ações do Plano de Regresso à Pátria", acrescentou.
Também indicou que as instituições estatais estão a garantir os "diferentes protocolos" em termos de saúde e segurança jurídica para a chegada daqueles que foram "deportados pelo Governo dos EUA".
O Ministério do Interior disse que entre as agências que prestam assistência aos migrantes retornados estão o Ministério da Saúde, o Serviço de Migração do Corpo da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), o Instituto Autónomo do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Idenna, na sigla espanhola), bem como o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin).
"O presidente constitucional Nicolás Maduro Moros reiterou em várias ocasiões a vontade do governo nacional de garantir que os homens e mulheres que estão em outras partes do mundo retornem sãos e salvos", acrescentou a publicação.
Segundo dados oficiais, com estes 90 migrantes são já 4.711 os venezuelanos que regressaram à nação caribenha, a grande maioria deportada pela administração de Donald Trump desde fevereiro passado, na sequência de um acordo assinado em janeiro por Caracas e Washington, sem relações desde 2019.
No sábado, um grupo de 195 migrantes venezuelanos deportados dos Estados Unidos regressou ao seu país num voo proveniente das Honduras, informou o Ministério do Interior no Instagram.
Ainda hoje, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, criticou os Estados Unidos por terem revogado o Estatuto de Proteção Temporária (TPS) de cerca de 350 mil venezuelanos no país, de acordo com a imprensa internacional.
"Rejeito e repudio a tentativa criminosa de retirar o estatuto de TPS aos migrantes", afirmou Nicolás Maduro durante um discurso transmitido pela televisão pública venezuelana, sublinhando que foi "toda a máfia de Miami que pediu para retirar este estatuto" aos cidadãos venezuelanos.
Maduro acusou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e a congressista republicana María Elvira Salazar de serem os principais responsáveis por estas deportações, segundo a agência de notícias Europa Press.
"Mais cedo do que tarde, numa Venezuela recuperada, numa Venezuela próspera e forte, todos os emigrantes regressarão ao seio das suas famílias e reunificaremos toda a família venezuelana", disse o chefe de Estado, antes de afirmar que os deportados seriam recebidos "de braços abertos para continuarem a trabalhar em direção ao futuro".