
Na cerimónia militar do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, marcada para as 11:00, na Avenida dos Descobrimentos, irão intervir o Presidente da República e a escritora e conselheira de Estado Lídia Jorge, natural de Loulé, no Algarve, que preside à comissão organizadora destas comemorações.
Estão previstas as presenças em Lagos do primeiro-ministro, Luís Montenegro, do presidente do Chega, André Ventura, e do presidente e secretário-geral interino do PS, Carlos César, entre outros convidados.
Marcelo Rebelo de Sousa escolheu esta cidade algarvia como palco das suas últimas comemorações do 10 de Junho em território nacional, que já celebrou em Lisboa e no Porto, em Ponta Delgada, em Portalegre, no Funchal, em Braga, no Peso da Régua e, no ano passado, em três concelhos do distrito de Leiria afetados pelos incêndios de 2017 -- Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera -- e em Coimbra.
Ao longo dos seus dois mandatos presidenciais, o Dia de Portugal foi também assinalado no estrangeiro, junto de comunidades emigrantes portuguesas, num modelo que instituiu quando assumiu funções, em 2016, em articulação com o então primeiro-ministro, António Costa, e que prosseguiu com o atual chefe do Governo.
Neste ano, o programa original do 10 de Junho previa comemorações também em Macau, que foram canceladas. Acabou por haver um encontro do Presidente da República e do primeiro-ministro com a comunidade portuguesa em Estugarda, na Alemanha, decidido com pouca antecedência, antes de assistirem juntos à final da Liga das Nações, em Munique, no domingo à noite, em que a seleção portuguesa de futebol derrotou a Espanha.
Este Dia de Portugal acontece na semana seguinte à posse dos membros do XXV Governo Constitucional, o segundo executivo chefiado por Luís Montenegro, que foi entre quinta e sexta-feira, na sequência das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, que a AD (PSD/CDS-PP) venceu, sem maioria absoluta e em que o Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar.
Há um ano, na sua intervenção na cerimónia militar do Dia de Portugal, em Pedrógão Grande, que durou cerca de dez minutos, o chefe de Estado pediu um futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras do país, do litoral ao interior, sem novas tragédias como os incêndios de 2017.
"Que este 10 de Junho de 2024 queira dizer: tragédias como as de 2017 nunca mais, futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras, e para todos os portugueses, dever de missão, lugar para a esperança, a confiança, e o sonho, sempre, mesmo nos instantes mais sofridos da nossa vida coletiva", declarou.
Em 2023, a cerimónia militar do 10 de Junho foi também no interior do país, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, onde o chefe de Estado afirmou a ambição de que os "interiores sejam tão importantes quanto as Lisboas, os Portos, os Setubais" e outras cidades do litoral, "iguais na lei, iguais na esperança do futuro".
Nessa ocasião, como em anos anteriores, fez um discurso de exaltação do povo português, que descreveu como de caráter universal, espalhado pelo mundo e com vocação para fazer pontes, e pediu que não se desista de "criar mais riqueza, mais igualdade, mais coesão".
Em 2016 o Dia de Portugal foi celebrado entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde.
Em 2020, devido à pandemia de covid-19, houve apenas uma cerimónia no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e em 2021 também só houve comemorações em território nacional, na Madeira.
Em 2022 as comemorações foram em Braga e no Reino Unido, e em 2023 no Peso da Régua e na África do Sul, pela última vez com António Costa como primeiro-ministro.
Em 2024, já com Luís Montenegro na chefia do Governo, o 10 de Junho foi celebrado em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Coimbra, e na Suíça.
Marcelo Rebelo de Sousa vai terminar o seu segundo e último mandato presidencial em 09 de março de 2026.
IEL // JPS
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