"Pelo menos dez [mortos], incluindo várias mulheres e crianças, bem como dezenas de feridos, foram transportados na sequência de um ataque aéreo israelita à escola Fatima Bint Assad, que alberga mais de duas mil pessoas deslocadas na cidade de Jabalia", disse à AFP Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza.

Estes ataques surgem após o movimento islamita palestiniano Hamas ter anunciado, no domingo, que o refém israelo-americano Edan Alexander, o único refém vivo de nacionalidade norte-americana ainda detido em Gaza, ia ser libertado, na sequência de negociações com representantes dos Estados Unidos.

Numa declaração emitida pelo seu gabinete, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que esta eventual libertação não conduzirá a um cessar-fogo em Gaza e que o seu exército continua a preparar "uma intensificação dos combates".

Rompendo uma trégua de dois meses, o exército israelita retomou a ofensiva em Gaza em 18 de março, com o objetivo de obrigar o Hamas a libertar todos os reféns ainda detidos desde os ataques perpetrados pelo movimento palestiniano em 07 de outubro de 2023.

Das 251 pessoas raptadas em Israel nesse dia, 58 continuam detidas em Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.

Em 05 de maio, Israel anunciou um plano de "conquista" do território palestiniano, que inclui uma deslocação maciça da sua população, o que suscitou uma condenação generalizada em todo o mundo.