O Fórum Machico recebeu este sábado o XVII Colóquio do Mercado Quinhentista, que este ano foi subordinado ao tema "Mesteres: o Saber nas Mãos". De acordo com a organização, "a iniciativa, promovida pela Escola Básica e Secundária de Machico no âmbito do Mercado Quinhentista, foi marcada por uma adesão expressiva, com a sala completamente lotada, confirmando o crescente interesse da comunidade por este espaço de partilha de saberes e reflexão histórica". As imagens comprovam-no.

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"O colóquio sublinhou a importância dos ofícios e dos saberes manuais que moldaram a identidade das Ilhas Atlânticas", refere a nota de resumo. "O evento foi aproveitado para homenagear alguns dos obreiros e artífices que, ao longo dos séculos, deixaram marcas de audácia, resiliência e mestria no tecido social e cultural do arquipélago".

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Assim, com "um programa diversificado e diacrónico, o encontro reuniu investigadores, docentes, representantes de instituições regionais e agentes culturais", sendo que na parte da manhã, destacaram-se "as intervenções do professor doutor Arnaldo Sousa Melo, da Universidade do Minho, sobre os mesteirais na Idade Média, de Savino Correia, director regional do Trabalho, que abordou a evolução do mercado laboral, e da professora Fátima Freitas Gomes, que trouxe uma perspectiva local sobre os ofícios em Machico nos séculos XVII e XVIII".

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Já esta tarde "ficou marcada pela apresentação do Caderno n.º 3 do Colóquio MQ, intitulado 'Machiquo: Chão de Fogo', que dá continuidade ao legado da edição anterior", seguindo-se "comunicações sobre os ofícios tradicionais da Madeira, com Marisa Santos (IVBAM) e a apresentação do projecto ATREMAR, por Catarina Claro da Associação Casa Invisível. O Colóquio fechou com chave de ouro com a apresentação e momento musical protagonizado por Rui Camacho da Associação Xarabanda, com as 'Cantigas de trabalho no Cancioneiro Tradicional Madeirense'", refere.

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Já nos espaços de debate o publico teve "participação activa", garante, "enriquecendo o diálogo entre o saber académico, institucional e popular".

Por fim, no encerramento, "a organização agradeceu a todos os presentes, reforçando o propósito do colóquio: valorizar o saber que nasce do fazer, respeitar a herança dos nossos Mestres e construir, com as mãos e o coração, o futuro do trabalho".