O primeiro-ministro assume que os clientes da Spinumviva procuraram a empresa por sua causa. É o que consta da resposta que enviou às 24 perguntas feitas pelo Bloco de Esquerda e pelo Chega sobre a empresa da sua família. Luís Montenegro voltou a rejeitar discriminar os montantes recebidos por cliente, data e tipo de serviço.

"Trata-se de matéria interna das relações comerciais das empresas fornecedoras e clientes dos serviços contratados", escreve Luís Montenegro na resposta à segunda pergunta colocada pelo Bloco de Esquerda, que pretendia que os valores fossem discriminados por cliente, data e tipo de serviço.

Montenegro lembra, contudo, que "já foi tornado público pela empresa Spinumviva que os valores cobrados e pagos pelos serviços prestados no âmbito da proteção de dados pessoais e aplicação do RGPD oscilaram entre os 1000 euros e os 4500 euros/mês em função da complexidade do trabalho".

Questionado sobre como é que os clientes chegaram ao contacto da Spinumviva, Montenegro diz que o fizeram "na base do conhecimento que já tinham dos sócios e dos colaboradores da empresa".

Diz ainda que os clientes que vieram mais tarde podem ter tido conhecimento da empresa pela "publicidade" feita por quem já tinha contratado a empresa.

O primeiro-ministro rejeita ainda a ideia de que a empresa fez procuradoria ilícita, diz que entende que a passagem de quotas para a mulher é legal, mas continua sem revelar os restantes clientes da empresa.

Diz que já foram identificados os clientes que correspondem a 94% da faturação da empresa entre 2022 e 2024. Os restantes 6% diz que correspondem a pequenos trabalhos que estavam em curso.

Com Lusa.