Morreu na passada sexta-feira, dia 21 de fevereiro, Clint Hill aos 93 anos. O antigo agente secreto ficou conhecido por ter saltado para a limusina onde seguia o ex-Presidente norte-americano, John F. Kennedy, assassinado em 1963, em Dallas, nos Estados Unidos.

Clint Hill morreu em casa na região de Belvedere, no estado da Califórnia, de acordo com a sua editora, Gallery Books, embora a causa da morte não tenha sido divulgada.

John F. Kennedy foi brutalmente assassinato por Lee Harvey Oswald, a 22 de novembro de 1963. Aquele que foi o quarto Presidente dos Estados Unidos a ser assassinado, seguia numa limusina presidencial ao lado da esposa e primeira-dama, Jacqueline Kennedy.

O Presidente John F. Kennedy caído no banco de trás da limusina presidencial, enquanto esta acelera ao longo da Elm Street em direção ao viaduto da Stemmons Freeway em Dallas, Texas, depois de ter sido mortalmente baleado, a 22 de novembro de 1963. A primeira-dama Jacqueline Kennedy inclina-se sobre o presidente enquanto o agente dos serviços secretos Clint Hill a empurra de volta para o seu lugar.
O Presidente John F. Kennedy caído no banco de trás da limusina presidencial, enquanto esta acelera ao longo da Elm Street em direção ao viaduto da Stemmons Freeway em Dallas, Texas, depois de ter sido mortalmente baleado, a 22 de novembro de 1963. A primeira-dama Jacqueline Kennedy inclina-se sobre o presidente enquanto o agente dos serviços secretos Clint Hill a empurra de volta para o seu lugar. James W. Ike Altgens / AP

Atrás noutra viatura seguia Clint Hill, na altura com 31 anos, encarregue de proteger Jacqueline Kennedy. Durante o tiroteio, que atingiu John F. Kennedy na cabeça, o antigo agente secreto subiu para a limusina ainda em movimento e impediu que Jacqueline Kennedy fosse projetada para fora da mesma.

Até à chegada ao hospital, Clint Hill cobriu com o seu corpo a primeira-dama e John F. Kennedy.

Apesar de ter salvo a vida da primeira-dama norte-americana e ter recebido várias distinções pela seu ato heroico, Clint Hill passou décadas a culpabilizar-se pela morte de JFK.

“Se eu tivesse reagido um pouco mais depressa. E podia ter reagido, acho eu”, disse Clint Hill no programa 60 minutos da CBS, em 1975.

O antigo agente secreto acabou por se reformar aos 43 anos, a pedido dos seus médicos, por não conseguir lidar com os fantasmas do passado.

"Por alguma razão, a minha vida foi poupada e a do Presidente não. Agora, aos 92 anos, já me conformei com o meu lugar na história. Eu tentei. Não fui bem sucedido, mas pelo menos tentei", escreveu Clint Hill numa publicação partilhada na rede social Instagram , em novembro do ano passado.