Antes da apresentação das conclusões do estudo de caracterização da pobreza na RAM, Ana Sousa, secretária regional da Inclusão e Juventude, falou aos presentes que enchem uma das alas do auditório da reitoria da Universidade da Madeira, no Colégio dos Jesuítas, para abordar a “temática de enorme complexidade que aflige todas as sociedades”.

Falou de “estratégias e planos de acção” do Governo Regional e assegurou que o governo “continua e continuará” a promover a “construção de pontes” neste “combate difícil, longo e complexo” que é a tentativa de erradicação da pobreza.

Realidade para a qual “todos somos chamados a dar o nosso contributo”, embora reconheça que dificilmente haverá forma de resolver o problema na sua plenitude. “Não teremos a panaceia para todos os males”, admitiu.

De acordo com Ana Sousa “é redutor classificar a pobreza e exclusão social pela exclusiva falta de recursos financeiros”. Recordou as “preocupantes palavras” do economista e catedrático João César das Neves, que prevê que “a pobreza deverá aumentar nos próximos anos”.

A ainda governante com a pasta da Inclusão assume que “não existem planos e estratégias perfeitos”, e considera que “é incontestável a coragem” do Governo Regional ao incumbir a Rede Europeia Anti-Pobreza a fazer estudo de matérias tão sensível como é a pobreza e a exclusão social.

Em suma, “é incontestável que existe um trabalho contínuo e dinâmico” apesar de reconhecer que dificilmente terá fim esta sensível e complexa problemática.