Os países da NATO comprometeram-se com um novo pacote de ajuda à Ucrânia de 21 mil milhões de euros. É um valor recorde do financiamento militar ao país.

A decisão foi anunciada pelo Reino Unido depois de uma reunião do grupo de contacto de defesa da Ucrânia, em Bruxelas. O encontro contou com mais de 50 países participantes, incluindo Portugal.

A Ucrânia já agradeceu o apoio.

"Estamos gratos pelas capacidades de coligação que foram apresentadas às nações líderes, às nações contribuidoras, e é uma das maiores ajudas que estamos a receber. Tal como anunciou o Ministro da Defesa britânico, John Healey, ouvimos as promessas de 21 mil milhões de euros na Europa, que é uma das maiores, e agradecemos a todas as nações que providenciaram esta ajuda", afirma Rustem Umero, ministro da Defesa da Ucrânia.

No que diz respeito aos anúncios individuais, Londres foi um dos que anunciou novos apoios.

"Quero anunciar aqui hoje mais 350 milhões de libras [407 milhões de euros] ", disse o ministro da Defesa do Reino Unido, John Healy, em conferência de imprensa no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

O apoio adicional, que faz parte de um pacote de 5,2 mil milhões de euros para este ano, incluiu "minas antitanque" e "milhares de 'drones'" (veículos aéreos sem tripulação e pilotados remotamente), acrescentou o governante.

Já os 11.000 milhões de euros que o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, anunciou incluem quatro sistemas de defesa antiaérea IRIS-T, 100.000 munições de artilharia (as mais utilizadas pela Ucrânia para tentar debelar a invasão russa) e 15 carros de combate Leopard 1A5.

Apoio de Portugal

Portugal também fez um anúncio perante o Grupo de Contacto para a Ucrânia, organismo com cerca de 50 países presidido pelo Reino Unido e Alemanha que se reúne para fazer uma atualização do apoio prestado e decidir o que mais pode ser feito para auxiliar Kiev.

Lisboa vai enviar viaturas blindadas M113, "lanchas rápidas" e helicópteros, apesar de o tipo "ainda não estar definido", anunciou o secretário de Estado da Defesa Nacional, Álvaro Castelo Branco, parte de uma decisão de 221 milhões de euros, tomada em Conselho de Ministros de 27 de março.

Estes helicópteros são aeronaves de "que Portugal pode prescindir neste momento".