Nicolás Maduro parece não se deixar abalar pelas polémicas que o têm assombrado nos últimos meses. Depois da polémica em redor da eleições presidenciais na Venezuela e a mais recente apreensão do seu avião privado pelos Estados Unidos, o Presidente venezuelano anuncia agora a antecipação do Natal no país... a partir do próximo dia 1 de outubro.
“É setembro e já parece Natal. Por isso, este ano – como forma de prestar homenagem e vos agradecer – vou decretar que o Natal seja antecipado para o dia 1 de outubro. Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança." , afirmou Nicolás Maduro durante o programa de televisão 'Con Maduro +', apresentado por si.
O anúncio foi feito horas depois da Procuradoria-Geral da Venezuela ter emitido um mandado de prisão para Edmundo González Urrutia, líder da oposição e candidato presidencial das últimas eleições.
Nicolás Maduro mencionou também o apagão que deixou cerca de 80% do país sem eletricidade na sexta-feira.
"O ataque elétrico criminoso fez parar a economia. Eles não conseguiram. O povo continuou a trabalhar, a laborar, e com o apoio da classe trabalhadora e do sindicato da polícia cívico-militar, garantimos a paz absoluta, conseguimos recuperar em tempo recorde de um dos golpes mais mortíferos contra a pátria", comentou ainda no seu programa na televisão venezuelana.
A tomada de posse de Nicolas Maduro está agendada para depois do Natal e do Ano Novo, para dia 10 de janeiro.
"O Natal é quando Homem quiser"
Não é a primeira vez que o Presidente da Venezuela antecipa datas festivas no país. No primeiro ano de pandemia, Nicolás Maduro antecipou o Natal para o dia 15 de outubro. O mesmo já tinha acontecido no ano anterior e seguinte numa tentativa de consolidar a sua base eleitoral perante tanta contestação.
Nestes períodos é intensificada a distribuição de ajuda e sacos de alimentos nos bairros, através dos chamados Comités Locais de Abastecimento e Produção (CLAP).
Em 2013, ano em que morreu Hugo Chávez, Nicolás Maduro decretou que as comemorações fossem antecipadas para o mês de novembro. Na altura, a Venezuela enfrentava uma grave crise socioeconómica.
A medida foi adotada pouco tempo depois de Nicolás Maduro ter anunciado a criação do vice-ministério para a Suprema Felicidade do Povo.
[Última atualização às 23:30]