
2002, 2004, 2005, 2012, 2017 e 2022 foram todos anos em que nos meses de julho arderam mais de 30 mil hectares.
Nos relatórios oficiais não há dados suficientes para contabilizar a área ardida em julho de 2003, mas há dados que mostram um julho que também terminou negro.
O pior incêndio de 2003 foi em Nisa e começou a 30 de julho. Em todo o país, entre 27 de julho e 15 agosto desse ano arderam 300 mil hectares, 18 pessoas morreram e 85 ficaram desalojados. Os distritos de Castelo Branco, Santarém e Portalegre foram os mais afetados por esta vaga de incêndios, assim como o Pinhal de Leiria.
O total de área ardida em 2003 é o segundo maior desde 2001, desde que há relatórios publicados. Arderam 425.839 hectares em todo o país. O pior ano em Portugal continua a ser 2017, com 442.418 hectares ardidos (65.135 hectares em julho).
A comparação da área ardida em julho com o total de cada um dos anos mostra que, desde o início do século em Portugal, normalmente a um julho mais negro corresponde um ano com um total de área ardida maior.
Em 2023 e 2024, a área ardida em Portugal tinha sido praticamente residual em julho, não chegando aos 2 mil hectares (1.737 hectares em 2023 e 1.575 hectares em 2024).
Este ano, os dados disponíveis mostram que, de 1 de janeiro até 13 julho, tinham ardido 10.163 mil hectares, mais 195% do que no mesmo período de 2024, mas muito menos que nos anos mais negros dos incêndios em Portugal.
Nos mais de 10 mil hectares ardidos desde o início do ano, ainda não estão os dados relativos aos incêndios de Arouca, Ponte da Barca, Penamacor, Santarém, Nisa, Castelo de Paiva, Gondomar ou Penafiel que fazem, para já, o dia 29 de julho o pior do ano de 2025.