
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) revela, em resposta por escrito à SIC, que na sequência da operação realizada, esta quarta-feira, pela Policia Judiciária (PJ), estão já suspensos dez elementos do corpo da guarda prisional.
Apesar de um total de 11 guardas terem sido constituídos arguidos, no âmbito da operação “Mercado Negro”, só dez estão suspensos de funções porque, esclarece a DGRSP, o “11.º encontra-se aposentado”.
Em causa, nesta operação, estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de estupefacientes, tráfico de substâncias e métodos proibidos, falsificação de documentos e branqueamento, revelou a PJ em comunicado, dando ainda conta de “um alegado projeto criminoso, praticado, entre outros, por guardas prisionais que facilitam a entrada de substâncias ilícitas nos estabelecimentos prisionais a troco de vantagem patrimonial”.
Recorde-se que, ainda ontem, a ministra da Justiça salientou, desde logo, a colaboração prestada pelos serviços prisionais, e revelou que já tinha tido a “garantia” por parte da DGRSP de que “todos os visados" que fossem constituídos arguidos seriam "imediatamente suspensos e objeto de um processo disciplinar”. O que aconteceu.
Sobre a detenção de dois guardas prisionais, a ministra Rita Júdice esclareceu que não toma a parte pelo todo e não confunde “os guardas prisionais alegadamente visados com o corpo da guarda prisional”.
"Não podemos confundir a floresta com as árvores. A nossa preocupação é combater este flagelo", esclareceu, em declarações aos jornalistas em Évora.