
O Panamá e a Venezuela vão retomar os voos comerciais quase um ano depois de os terem suspendido, na sequência do corte de relações diplomáticas, adiantou hoje a Autoridade de Aviação Civil panamiana.
Fonte do Ministério dos Transportes da Venezuela também confirmou à agência Efe a retoma dos voos comerciais.
A Venezuela retirou a sua representação diplomática do Panamá em julho passado, depois de o presidente panamiano, José Raúl Mulino, se ter recusado a reconhecer a reeleição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Mulino revelou hoje durante a sua conferência de imprensa semanal que tinha recebido uma carta da Venezuela, mas que não a leu imediatamente.
Sobre o estado das relações diplomáticas, Mulino frisou que não há novidades, depois de questionado pelos jornalistas se seriam retomadas.
O chefe de Estado do Panamá frisou, no entanto, que seria do interesse do Panamá retomar os voos, embora tenha dito que também queria que a Venezuela aceitasse receber migrantes venezuelanos deportados do Panamá.
Algumas companhias aéreas comerciais já começaram hoje a anunciar voos entre o Panamá e a Venezuela.
A transportadora panamiana Copa anunciou que os voos seriam retomados e disse que a sua equipa estava a trabalhar para confirmar os itinerários.
A Venezolana Airlines anunciou um voo com início na sexta-feira.
No início desta semana, a Venezuela proibiu a chegada de voos da Colômbia depois de ter anunciado a detenção de mais de 30 pessoas que alegadamente planeavam atividades para desestabilizar o país antes das eleições legislativas de domingo.
Em julho passado, o Panamá foi um dos primeiros países da América Latina a exigir às autoridades venezuelanas uma revisão completa dos resultados das eleições presidenciais depois de a autoridade eleitoral do país ter declarado Maduro vencedor.