"Exorto todas as partes em conflito a empenharem-se na cessação das hostilidades e na proteção da população civil de Goma e de outras regiões afetadas pelas operações militares", disse no final da audiência geral, apelando ao 'fim mais rápido possível de todas as formas de violência'.
O Papa prometeu rezar "pelo restabelecimento da paz e da segurança" e pediu "Às autoridades locais e à comunidade internacional a mostrarem o máximo empenho na resolução do conflito por meios pacíficos".
Nos últimos dias, registaram-se intensos combates em Goma, a principal cidade do leste da RDCongo, em grande parte nas mãos do grupo armado antigovernamental M23 e das tropas ruandesas, que na terça-feira tomaram o aeroporto, menos de dois dias depois de terem entrado na cidade.
Mais de 100 mortos e cerca de mil feridos foram levados para os hospitais de Goma nos últimos três dias de combates, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP) elaborada na terça-feira a partir de relatórios hospitalares.
Os combates já deslocaram mais de 500.000 pessoas desde o início de janeiro, segundo o Governo congolês.
Na terça-feira, em Kinshasa, manifestantes atacaram várias embaixadas, incluindo a do Ruanda, acusado pelas autoridades congolesas de lhes ter "declarado guerra" no leste do país. As missões diplomáticas do Quénia, França, Bélgica e Estados Unidos, países criticados pela sua inação nesta crise, foram também alvo de ataque.
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