O Papa Leão XIV afirmou hoje estar "profundamente triste (...) com o ataque militar à Igreja Católica da Sagrada Família em Gaza", que provocou pelo menos quatro mortos e vários feridos, mas sem mencionar Israel ou eventuais responsabilidades.

"Sua Santidade renova o seu apelo a um cessar-fogo imediato" na Faixa de Gaza, lê-se num telegrama de condolências emitido pelo Vaticano e assinado pelo "número dois" da Santa Sé, o cardeal italiano Pietro Parolin.

O ataque à igreja, a única católica na Faixa de Gaza, fez pelo menos quatro mortos e seis feridos, um dos quais o padre argentino Gabriel Romanelli, a quem Papa Francisco telefonava diariamente desde o início da ofensiva israelita no enclave palestiniano.

Segundo os responsáveis da paróquia, o ataque terá partido de um tanque israelita, mas o exército de Israel afirmou estar a analisar informações sobre o sucedido.

O Exército israelita admitiu entretanto ter conhecimento dos "danos causados" à Igreja da Sagrada Família em Gaza.

"O Exército está ciente dos relatos de danos na Igreja da Sagrada Família na Cidade de Gaza e de vítimas no local. As circunstâncias do incidente estão a ser analisadas", referiu.

A igreja da Sagrada Família costuma ser um ponto de abrigo de muitos deslocados devido ao conflito na Faixa de Gaza, iniciado em outubro de 2023.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 58 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.