O candidato do Partido Socialista (PS) à presidência da Câmara Municipal do Funchal (CMF) assumiu, hoje, o compromisso de implementar um Plano Municipal de Combate à Toxicodependência na cidade.

Rui Caetano, que esta tarde esteve reunido com a Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência, mostrou-se preocupado com o aumento desta problemática e considerou que "a autarquia não se pode demitir da sua responsabilidade nesta matéria", pelo que "tem de trabalhar conjuntamente com as diversas instituições no sentido de encontrar soluções para minimizar este flagelo".

Como referiu, "apesar do excelente trabalho que esta Comissão tem feito – ao nível dos encaminhamentos e nos campos jurídico e da saúde – ainda há muito para fazer, porque o consumo de substâncias psicoativas no Funchal está a crescer". “Enquanto que noutros concelhos [o problema] até está a reduzir, no Funchal está a aumentar. Arriscamo-nos a dizer que a situação está fora de controle e é por isso que nós consideramos que é preciso intervir”, afirmou o candidato do PS, advertindo que “a Câmara Municipal do Funchal não se pode limitar a assistir e a falar de relatórios e de dados”.

Por isso, Rui Caetano garante que, "se o PS liderar a CMF, irá implementar o referido Plano Municipal de Combate à Toxicodependência". Como explicou, "trata-se de um plano integrado que priorize o trabalho conjunto com as diversas instituições – públicas e privadas – para, de forma colaborativa, encontrar as soluções mais eficazes para este problema".

“É preciso investir cada vez mais na área da prevenção, da sensibilização, trabalhar mais as questões do tratamento, mas também do acompanhamento das próprias famílias, que estão fragilizadas”, adiantou o socialista, acrescentando que "este trabalho tem de ser feito nos meios comunitário, familiar, escolar e recreativo".

Por outro lado, Rui Caetano mostrou-se também preocupado com o aumento das pessoas sem-abrigo, "muitas das quais relacionadas precisamente com o problema das dependências, quer drogas, quer álcool". “Não se pode pensar num programa municipal de combate às toxicodependências sem pensar nos sem-abrigo. É necessário criar, dentro deste plano, uma equipa de rua, que vá contactar um a um, porque estes casos têm de ser trabalhados de forma diferenciada”, observou.

"Se o número de pessoas nesta condição está a aumentar, é preciso perceber o que está a acontecer, para começarmos a atacar as causas, sendo que a Câmara do Funchal tem essa responsabilidade", vincou.