Cerca de 24 horas depois do fecho das urnas, o Presidente Marcelo falou com os jornalistas à porta do Palácio de Belém. Sem comentar resultados ou possíveis necessários futuros, o chefe de Estado justificou com uma "lição do passado” o porquê de não ouvir todos os partidos já esta terça-feira e considerou que o PS precisa de tempo para resolver a questão da transição na liderança.

Mas quando terá Portugal uum novo Governo? “Há um calendário que começa já amanhã de manhã pelo PSD, depois à tarde com PS e Chega e nos dias seguintes até sexta-feira, porque temos mais um partido na Assembleia da República e serão 10, provavelmente ainda haverá na semana que vem uma nova hipótese de ouvir os partidos mais determinantes ao arranque do formação e programa do Governo que são, naturalmente, os partidos da coligação, o PS e o Chega. E veremos”.

Nessa altura, admite Marcelo, já serão conhecidos os resultados dos círculos da emigração - resultados são divulgados dia 28 - e “nesse momento já estamos em condições de ter uma ideia muito clara do calendário seguinte [mas] que no caso português é um bocadinho lento porque temos de esperar pela formação da AR e só depois avança a nomeação do Governo”.

“Da última vez penso que foi cerca de um mês, penso que não chegou a um mês. (…) Aqui a dúvida é como há o 10 de junho e uma série de feriados, se for possível ter pronto antes dos feriados muito bem, se não logo a seguir aos feriados"

Condições de governabilidade? Marcelo acredita que sim

Sem querer tecer quaisquer comentários sobre os resultados da noite eleitoral, o Presidente Marcelo vincou que o importante neste momento “é ouvir os partidos” mas, admitiu, “à primeira vista não há razões para considerar que os partidos não queiram colaborar na governabilidade, o mundo está como está, a Europa está como está e é do interesse português que haja um esforço de todos no sentido da governabilidade”

“Agora interessa ouvir os partidos e saber qual a posição deles e ver como se situam netse panorama”, repetiu Marcelo.

Questionado sobre o facto de não ouvir todos os partidos com futura representação parlamentar, Marcelo disse que a “razão é simples” e resulta de uma “lição do passado”: uma hora era “um período curto” para analisar os resultados e falar sobre a situação internacional.

Além disso, e no particular do PS, “há uma substituição de liderança e é importante que [o partido] tenha tempo para se perceber qual é o processo, tempo, calendário de substituição, e posição em relação ao Governo”, sustentou.

[Notícia atualizada às 19:52]