A candidatura do Partido Reagir Incluir Reciclar (RIR) Madeira à Assembleia da República manifestou esta quinta-feira, 15 de Maio, a sua preocupação para com o actual panorama socioeconómico da Região.

Em nota emitida, o partido alerta para o aumento da imigração em paralelo com a emigração contínua dos jovens madeirenses em busca de melhores condições de vida fora da Região.

Embora reconheça a importância da imigração para o desenvolvimento económico e social, o partido aponta para um problema de justiça social, questionando a razão de "Portugal e mais concretamente a Madeira continuarem a oferecer salários tão baixos e falta de oportunidades aos seus próprios filhos, ao mesmo tempo que depende cada vez mais de mão de obra externa com condições muitas vezes precárias”.

Para o RIR, é fundamental uma política de imigração que seja “humanista, justa e equilibrada”, mas que não descure a criação de condições para fixar os jovens na Região e assegurar condições dignas para todos.

Nesse sentido, o partido apresentou um conjunto de propostas, começando por um Plano Nacional/Regional de Valorização Salarial que vise aumentar progressivamente os salários, incentivando empresas a criar empregos estáveis e bem remunerados.

Outra medida sugerida é o Apoio à Habitação Jovem e ao Regresso de Emigrantes, através da criação de programas específicos para facilitar o acesso à habitação e incentivar o retorno de madeirenses que emigraram.

O RIR defende ainda a Regularização e Integração Justa dos Imigrantes, garantindo que todos os trabalhadores tenham contratos legais, salários justos e acesso a direitos sociais, evitando situações de exploração laboral.

O partido inclui também o investimento em Formação e Qualificação Profissional, com a criação de centros de formação técnica em áreas onde há falta de mão de obra qualificada, promovendo a empregabilidade local e reduzindo a necessidade de emigração.

Por fim, o RIR sublinha a importância de reforçar a fiscalização contra o abuso laboral, através de uma actuação mais eficaz da Inspeção do Trabalho para combater práticas abusivas que afectam tanto imigrantes quanto madeirenses. Para o partido, a imigração deve ser um motor de desenvolvimento económico e social, mas não pode servir como justificativa para a manutenção de salários baixos nem para abandonar os jovens que nascem e crescem na Madeira.