Num mundo em que tudo pode acontecer, era suposto não haver grandes surpresas, mas isso era só até chegarmos ao momento em que a Alemanha tinha de escolher um novo chanceler. Como as negociações para garantir que essa votação acontecia à primeira foram longas, ninguém esperava que uma coligação que tem maioria de 328 deputados não fosse capaz de obter 316 votos secretos. Foi à segunda tentativa.

Ainda assim, na Alemanha quem ficou a rir foi Alice Weidel, da AfD, partido considerado pelas secretas alemãs como uma organização extremista que ameaça a Constituição. A ilegalização deste partido, segundo mais votado nas últimas eleições, e primeiro em sondagens recentes, é assunto para os tribunais alemães.

Extremismos e populismos versus democratas à volta do mundo, com destaque esta semana para a Austrália, a Roménia e o Reino Unido, é tema para a conversa do Bloco Central, onde os comentadores residentes, Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, também vão conversar sobre a intenção declarada por Netanyahu de tomar posse de Gaza.

Expresso