No ano passado, a Polícia de Segurança Pública (PSP) registou mais de 370 atropelamentos nos quais os condutores acabaram por fugir. Os dados, revelados pelo Diário de Notícias, mostram que este valor tem vindo a crescer desde 2020.

Depois de um jovem de 21 anos ter sido atropelado por um taxista em Lisboa, no ano passado, a família lançou, há um mês, uma petição que pede o agravamento das penas. O documento já reuniu mais de dez mil assinaturas e vai, por isso, ser discutido na Assembleia da República.

A petição pede a "discussão do agravamento da moldura penal da omissão de auxílio, especialmente em casos de atropelamento com vítimas mortais, bem como a implementação de medidas complementares para garantir a segurança rodoviária", lê-se.

Recorde-se que Afonso Gonçalves foi atropelado mortalmente, na freguesia de Alvalade, em Lisboa, por um taxista que se pôs em fuga.

De acordo com a PSP, três dias depois, e após informação junto de testemunhas, foi verificada pela polícia uma viatura táxi acidentada, na zona de Marvila, que levou à identificação do taxista que já tinha um "vasto histórico criminal e com reincidência em crimes desta natureza".