Na última década, o Estado cortou mais de três mil milhões de euros no investimento em Defesa. As contas são do Diário de Notícias, que conclui que este valor representa mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Só os investimentos que ficaram "na gaveta" representam 1,3 mil milhões de euros. Nos últimos dez anos, também diminuiu o número de pessoas a trabalhar no setor, com uma queda superior a 20%.

No início do ano, o primeiro-ministro anunciou que o Governo está a estudar como pode antecipar a meta atualmente prevista. Portugal espera que, em 2029, o investimento em Defesa represente 2% do PIB.

O Governo reconhece a necessidade de investir na modernização das Forças Armadas, incluindo mais equipamentos e a retenção de talento. Além disso, defende que o aumento da despesa militar pode impulsionar a economia.

Portugal planeia recuperar o atraso no investimento, destacando projetos estruturantes como novos navios e aeronaves, procurando também fortalecer a cooperação com França na área da Defesa, com acordos para a troca de equipamento militar.

Para este ano, o orçamento de Defesa está a ser reforçado com a reprogramação de fundos para novos investimentos e tecnologias no setor militar.