Após um encontro na capital paraguaia, Assunção, na sexta-feira, Embaló colocou a hipótese de "assinar acordos de consulta política e diplomática entre os dois ministérios dos Negócios Estrangeiros".
"É importante colocar uma embaixada na Guiné-Bissau", disse numa conferência de imprensa o Presidente guineense, que acrescentou que o Paraguai pode contar com o seu país "como amigo, sempre".
Embaló propôs ainda a Peña a possibilidade de concertar as posições dos dois países em relação às relações externas.
"Temos sempre de estar de acordo sobre o que diz a política externa", apelou o chefe de Estado guineense.
Embaló disse também que "é muito importante que a Guiné-Bissau se aproxime do Paraguai" para trocar experiências.
O Presidente guineense recordou que Peña foi ao país de língua portuguesa "mais de 15 vezes" entre 2009 e 2011, quando desempenhava as funções de economista do Fundo Monetário Internacional.
Na mesma conferência de imprensa, o chefe de Estado do Paraguai disse que a visita do presidente africano será o início de "outras oportunidades" de intercâmbio cultural e académico.
"Abrimos a possibilidade de os estudantes da Guiné-Bissau virem ao Paraguai para formação em áreas como a medicina veterinária e a agricultura", anunciou Peña.
"Estamos determinados a levar a nossa relação diplomática a um nível de cooperação muito elevado e muito profundo no campo político, no campo económico e, claro, nas nossas relações internacionais", disse o Presidente paraguaio.
No domínio do comércio externo, Peña destacou que o Paraguai exportou arroz no valor de quase 1,4 milhões de dólares (1,25 milhões de euros) para a Guiné-Bissau em 2023.
O chefe de Estado disse que o Paraguai formalizou as relações diplomáticas com o país africano apenas em julho de 2023, mas que "as relações afetivas são de longa data".
"Tens muitos amigos no mundo, tens muitos amigos na América Latina, mas queremos que encontres os teus melhores amigos no Paraguai", disse Peña a Embaló.
O Presidente manifestou o desejo de que o Paraguai e a Guiné-Bissau se tornem "a ponte de união" entre África e a América Latina.
VQ // VQ
Lusa/Fim