"Portugal foi o segundo país da União Europeia que mais eleições teve em 10 anos. Só a Bulgária teve mais eleições. O meu apelo é que votem para que Portugal possa ter estabilidade. Seja quem seja [eleito], votem. Na campanha eleitoral fizemos tudo o que podíamos, corremos o país. Todos os partidos o fizeram e agora é hora de celebrar a democracia", disse Nuno Melo.

O líder do CDS, que votou na Escola Manoel Oliveira, no Porto, pelas 11:45, mostrou-se impressionado com o número de pessoas que viu neste estabelecimento de ensino a votar, "mais", disse, do que as que viu à mesma hora há um ano, algo que quer crer que é um sinal positivo quanto à abstenção.

"O facto de termos tido muitas eleições também pode contribuir para os portugueses quererem quebrar esse ciclo. Vamos ter eleições autárquicas e eleições presidenciais e tivemos legislativas há um ano, vamos estar em campanhas sucessivas e apelos sucessivos aos votos, mas o importante é que Portugal tenha, se possível, um ciclo de estabilidade para que as pessoas se concentrem no que de facto é importante", disse.

Sublinhando que o país precisa de estabilidade, Nuno Melo disse que esta "é desejável, mas depende da vontade dos portugueses".

As mesas de voto estarão abertas até às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

Concorrem a estas eleições 21 forças políticas, mais três do que nas eleições de março do ano passado.

O Partido Liberal Social (PLS) é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.

Nas legislativas anteriores, a 10 de março de 2024, a taxa de abstenção situou-se nos 40,16%, a mais baixa desde 2005, quando ficou nos 35,74%, quando José Sócrates alcançou a primeira maioria absoluta do PS.

Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar nestas eleições 10,8 milhões de eleitores.

No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais, 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa.

O ato eleitoral terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.

 

PFT // JMR

Lusa/Fim