
O presidente russo, Vladimir Putin, condicionou hoje o eventual regresso das empresas ocidentais, que saíram do mercado russo depois da invasão da Ucrânia pelas tropas de Moscovo, à proteção das empresas russas.
Durante uma reunião com o presidente da organização Rússia Empresarial, Alexei Répik, Putin disse: "É um tema de grande importância. E ainda é mais importante analisar as possíveis condições do regresso das empresas dos países inamistosos que saíram do mercado russo, considerando os interesses dos investidores russos".
Na conversa, Putin comentou que "deve existir um equilíbrio entre o desenvolvimento da concorrência e a proteção dos produtores nacionais, sobretudo se investiram em determinadas empresas".
Por sua vez, Répik, cuja organização a que preside agrupa más de 10 mil empresários russos de ramos não ligados à produção de matérias-primas, informou Putin sobre os esforços para aumentar as vendas na internet.
O eventual regresso das empresas estrangeiras que saíram depois do início da invasão da Ucrânia discute-se cada vez mais no Kremlin.
Em março, Putin ordenou a criação de uma lista de empresas estrangeiras que suspenderam a atividade na Federação Russa e a "elaboração de um protocolo para o seu regresso".
Como disse a Répik, "agora há empresas que saíram e querem regressar. Sabemos isso. A Rússia continua a ser um país aberto. Quem quiser voltar, que o faça, por favor, de forma concorrencial e no contexto do nosso quadro jurídico".
Avisou, contudo, que "não vai haver privilégios nem preferências" para as empresas que regressarem.
"Se o nicho das empresas ocidentais já estiver ocupado por uma empresa russa, então, como se diz, o comboio já passou", relativizou.