Um jovem britânico, de 18 anos, morreu num ataque de drones russos, minutos após iniciar a sua primeira missão, que voluntariou para combater na Ucrânia.

Natural de Huddersfield, James Wilton tinha 17 anos quando deixou o Reino Unido em abril do ano passado para lutar contra a Rússia, voando Manchester para a Polónia antes de cruzar a fronteira para a Ucrânia, onde se juntou à Legião Internacional.

Wilton, que não tinha nenhuma experiência militar antes de viajar para o território ucraniano, foi morto, no dia 23 de julho do ano passado, poucos minutos depois do arranque da sua primeira missão.

“Nunca vou superar isso. Não queria que ele fosse, mas o coração dele estava decidido. Ele queria ajudar a Ucrânia”, disse o seu pai, em declarações ao jornal 'The Sun'.
“Contaram-me partes da história de como ele morreu, mas tenho lutado para lidar com isso e gostaria que pudéssemos ter trocado de lugar porque ele tinha toda a vida pela frente”, prosseguiu.

"Nunca teve chances perante o drone"

Um voluntário norte-americano, identificado apenas como Jason, que arriscou a vida para resgatar o corpo de James e perdeu o pé após pisar uma mina terrestre quatro dias depois, disse que o seu amigo "nunca teve chances" perante o drone russo.

“Foi a primeira e última missão de James”, revelou o soldado, descrevendo a tarefa da sua equipa de seis pessoas de cruzar um campo aberto em grupos de dois, cada um com 20 metros de distância, para reabastecer outros soldados.

Pai pondera espalhar as cinzas na Ucrânia

Graham, pai de James Wilton, descreveu o filho como um jovem "tranquilo, educado, e simpático", confidenciando que "trouxe as cinzas do filho para casa mas pondera regressar à Ucrânia para as espalhar por lá".