O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua ativo nos bastidores da guerra na Ucrânia, tendo prometido “uma grande declaração” sobre a Rússia para esta segunda-feira. O anúncio de Trump surgiu depois de um novo apelo público do homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, por mais auxílio norte-americano a Kiev.

Após conversas muitos construtivas e positivas com o Presidente Trump, temos todos os sinais políticos necessários sobre a retoma do fornecimento de ajuda, disse Zelensky na Conferência de Recuperação da Ucrânia, realizada em Roma na última semana. Posteriormente, o Presidente ucraniano voltou a pressionar os Estados Unidos e a Europa. Em publicação na rede social X (antigo Twitter), acusou a Rússia de intensificar o terror com ataques aéreos e pediu decisões fortes dos Estados Unidos, Europa, G7.

Horas depois, Trump anunciou o envio de sistemas de defesa antiaéreos Patriot pagos por países europeus, segundo ele. Na verdade, vamos enviar vários equipamentos militares muito sofisticados e eles vão pagar-nos 100%, disse.

As novas declarações do Presidente dos Estados Unidos ocorrem num momento em que a relação da Casa Branca com Moscovo mostra sinais de deterioração. Acabar com o conflito na Ucrânia era uma promessa de campanha de Trump, que repetiu em diversas oportunidades que terminaria a guerra em 24 horas. Cerca de seis meses após a posse de Trump, a situação no leste europeu pouco se alterou.

A declaração prometida para hoje pode significar mais pressão sobre o Presidente russo, Vladimir Putin, pela paz na região. Neste momento, contudo, um acordo parece distante.

O conflito começou em fevereiro de 2022, após a invasão em larga escala da Ucrânia por forças russas. A reconstrução da Ucrânia deve contar com o investimento de 10 mil milhões de euros, segundo anunciado na conferência da semana passada.

Texto escrito por João Sundfeld e editado por Hélder Gomes