O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andri Sybiga, disse esta quinta-feira que o ataque russo que matou nove pessoas durante a noite em Kiev prova que Moscovo persiste na invasão militar.

Sybiga disse que o Presidente russo, Vladimir Putin, demonstra que não respeita quaisquer esforços de paz e que só quer continuar a guerra.

O chefe da diplomacia expressou a opinião do governo do país através de uma mensagem nas redes socais, em que também critica as "exigência de Moscovo", referindo-se às declarações da liderança russa que pediu à Ucrânia a "retirada" de territórios como condição para a paz.

Sobre os últimos ataques russos com mísseis, os serviços de emergência da Ucrânia registaram um número ainda considerado provisório de nove mortos e 63 feridos, 42 dos quais estão hospitalizados.

Entre os feridos contam-se seis crianças.

"Os edifícios residenciais foram danificados: estão a decorrer buscas para encontrar pessoas sob os escombros", indicaram os serviços de emergência ucranianos, acrescentando que os ataques provocaram vários incêndios.

Em Kiev, um jornalista da Agência France Presse viu uma dezena de habitantes refugiarem-se num abrigo na cave de um edifício residencial, assim que soou o alerta antiaéreo.

Este ataque russo, um dos mais violentos dos últimos meses, ocorreu no momento em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky de estar a sabotar um possível acordo com a Rússia.