O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump admitiu na terça-feira que são "prováveis" novas sanções contra a Rússia, caso Moscovo não negoceie o fim da guerra com a Ucrânia. "Parece provável", destacou o republicano, quando questionado sobre o assunto durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, reiterando que "a guerra nunca teria acontecido" caso fosse presidente na altura.

Trump indicou ainda que os Estados Unidos vão analisar a manutenção da ajuda militar a Kiev, que totalizou dezenas de milhares de milhões de dólares desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022. "Estamos a falar com [o Presidente ucraniano Volodymyr] Zelensky. Vamos falar com o presidente (russo Vladimir) Putin muito em breve e veremos o que acontece", sublinhou o republicano.

O Presidente Trump, que prometeu durante a campanha eleitoral acabar com a guerra em 24 horas, voltou a criticar a União Europeia, dizendo que esta "devia pagar muito mais do que paga atualmente".

Na segunda-feira, o Presidente Trump aumentou a pressão ao dizer que a Rússia estaria a caminhar para o desastre se se recusasse a negociar e a selar um cessar-fogo ou um acordo de paz com a Ucrânia.

O novo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, assegurou que a nova administração dos Estados Unidos irá promover "a paz através da força" na arena internacional e irá defender os interesses nacionais.

Questionado sobre as declarações de Donald Trump sobre a sua capacidade de pôr fim imediato à guerra na Ucrânia, Rubio insistiu que há um Presidente nos Estados Unidos que quer alcançar a paz. "A política oficial dos Estados Unidos é que a guerra tem de acabar e faremos tudo o que for possível para garantir que isso aconteça", disse Marco Rubio, que apelou a uma resolução "estável e sustentável" que impeça uma nova guerra "nos próximos três ou quatro anos".

No entanto, Rubio reconheceu de novo - como fizera na sua audição de confirmação perante a Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado - que a guerra na Ucrânia é um conflito "complexo", que será difícil de resolver.

"A única forma de conflitos como este acabarem não é através de conferências de imprensa. Não terminam com declarações públicas. Terminam com uma diplomacia forte que os Estados Unidos tentarão adotar na esperança de pôr fim a este conflito de forma sustentável", concluiu.

Donald Trump foi empossado na segunda-feira como o 47.º Presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio (sede do Congresso) em Washington, marcando o seu regresso para um segundo mandato na liderança da Casa Branca.