
O Ministério da Educação do Japão anunciou na sexta-feira que 90 universidades nacionais começaram a aceitar temporariamente as inscrições de estudantes japoneses afetados pelo veto à universidade de Harvard e a oferecer aos estudantes alojamento.
A ministra da Educação, Cultura, Ciência, Desporto e Tecnologia, Toshiko Abe, confirmou numa conferência de imprensa o número de universidades japonesas que se ofereceram para ajudar os estudantes japoneses afetados pela decisão do Governo dos Estados Unidos de suspender a admissão de estudantes estrangeiros e a pausa temporária na emissão de vistos de estudante.
Desde quinta-feira, 90 universidades japonesas começaram a aceitar inscrições e a oferecer alojamento aos cerca de 110 estudantes japoneses que estavam inscritos na Universidade de Harvard e que não poderão continuar os seus estudos devido às medidas implementadas pela administração de Donald Trump.
Entre as universidades que estão a oferecer estes serviços encontram-se centros públicos como a Universidade de Tóquio, a Universidade de Quioto e a Universidade de Ciências da capital japonesa, bem como outras privadas como a Universidade Ritsumeikan de Quioto.
Estas medidas das universidades japonesas estão em linha com as adotadas por outras universidades asiáticas, incluindo as da China e de Hong Kong, que começaram a emitir convites a estudantes rejeitados pela primeira potência mundial.
No mês passado, Trump emitiu uma ordem para suspender a inscrição de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard, que constituem um quarto do seu corpo discente, uma percentagem que o presidente considera demasiado elevada e prejudicial para os americanos que supostamente querem estudar na prestigiada instituição.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA anunciou que não permitirá que a instituição matricule estudantes estrangeiros e que os já matriculados na universidade terão de mudar de escola ou enfrentar a expulsão do país, em represália à recusa de Harvard em fornecer dados sobre os estudantes estrangeiros que participaram em protestos pró-palestinianos.
Harvard levou o caso a tribunal e, até agora, conseguiu que um juiz distrital bloqueasse temporariamente o veto de Trump.
Com Lusa