Desde o início do ano, já morreram pelo menos cinco mulheres vítimas de violência de doméstica, a mais jovem com 17 anos e a mais velha com 72.

O psicólogo e comentador da SIC Mauro Paulino considera estes dados preocupantes.

Em entrevista à SIC Notícias, lembra que não é possível ter-se uma noção real do número de casos de violência doméstica, já que há muitas vítimas que não fazem queixa.

O caso mais recente aconteceu esta semana, em Sesimbra. Um homem matou a mulher, de 45 anos, e a enteada, de 17, à facada e suicidou-se. A filha do casal, de 16 meses, foi a única sobrevivente.

No mesmo dia, uma mulher internada em oncologia, no Hospital de Braga, morreu após ser agredida, no seu quarto, por outro paciente.

A 9 de janeiro, um homem matou a mulher, no Barreiro, à frente de um dos filhos. Dois dias antes, um idoso matou a companheira, em Lisboa, mas só foi detido na semana seguinte.

Um relatório da UMAR, a União de Mulheres Alternativa e Resposta, adianta que 25 mulheres foram assassinadas no ano passado.

O jornal Público revela este domingo que, em 2024, a GNR recebeu 40 queixas por dia de violência doméstica. No total, são menos 413 queixas do que no ano anterior.