O Elvas aproveita o privilégio de se encontrar entre as 16 melhores equipas da Taça de Portugal e, para o celebrar, irá jogar na sua casa, o Campo Domingos Carrilho Patalino, carinhosamente conhecido entre os adeptos do clube alentejano como Patalino. Um argumento que o treinador, Pedro Hipólito, pretende fazer pender em favor da sua equipa ante um opositor de Liga e que até disputa competições europeias.

«Queremos aproveitar o ambiente apesar de o Vitória, como sabemos, ter muitos adeptos sempre atrás de si mas o ambiente, os nossos adeptos e a sua paixão vão ser certamente uma forte ajuda. Portanto, contamos com os adeptos, o ambiente, tudo aquilo que envolve o jogo e a paixão que os elvenses têm pelo Patalino e pela nossa equipa, sim, vamos sentir sem dúvida um forte apoio», assumiu o treinador, entusiasmado com a oportunidade que terá pela frente.

O Elvas pretende tirar proveito do efeito Patalino, mas Pedro Hipólito identifica que no que respeita ao relvado as duas equipas estarão em pé de igualdade, visto que também a equipa da casa jogará pela primeira vez nesse tapete. «Estaremos os dois no mesmo nível, porque ainda não o conseguimos pisar - só o vamos pisar, tal como o Vitória, pela primeira vez amanhã. Na relva, tanto nós como o Vitória estaremos no mesmo patamar», avalia o treinador.

O embate frente a um conjunto de primeiro escalão surge para o Elvas num momento muito favorável - é o líder da Série C do Campeonato de Portugal e não sofre golos há mais de 500 minutos, mais precisamente as últimas cinco jornadas e ainda uma hora na última eliminatória da Taça, frente ao Varzim – e que pretenderá fazer valer a sua consistência defensiva. «É um dos argumentos, sabendo que estamos perante uma equipa de primeira liga», reconheceu Pedro Hipólito.

«Tanto com o Varzim como o Torreense, que são de divisões superiores, sofremos, criaram-nos problemas e conseguimos resolvê-los, apesar de termos sofrido dois golos contra o Torreense. Tanto pelo número de golos marcados como pela sua dinâmica ofensiva, o Vitória vai criar-nos diferentes problemas, se calhar mais problemas, e vai ser um teste à nossa organização defensiva, certamente, mas nós temos também os nossos argumentos, acreditamos neles e vamos lutar por eles», finalizou, ambicioso.