A Agência Mundial Antidopagem (AMA) reafirmou hoje, no encerramento do Simpósio Anual, a sua rejeição aos Jogos Melhorados, sem controlos antidoping, bem como a necessidade de distinguir "casos de contaminação genuína" e os falsos.

O presidente, Witold Banka, voltou a rechaçar este projeto de um empresário australiano para o ano de 2025, recebendo qualquer desportista sem serem sujeitos a controlos antidoping, nos Estados Unidos.

"A AMA condena os Jogos Melhorados como um projeto perigoso e irresponsável. A saúde e bem estar dos atletas é a primeira prioridade da AMA, e este acontecimento põe-nos em perigo", declarou.

Este organismo sediado em Lausana já tinha reprovado a iniciativa, há um ano, considerando que os 'Enhanced Games' punham em risco a participação dos atletas nas competições sancionadas pelas instâncias competentes.

Banka referiu-se ainda à necessidade de distinguir casos de contaminação por suplementação desportiva e falsos positivos.

"O desafio para a AMA, outras organizações antidopagem e, em última instância, para os tribunais é distinguir entre casos de contaminação genuína e casos de prevaricação com muitos recursos e que fabricam uma defesa nessa linha", apontou.

Se o sistema for "demasiado rígido", sustentou, "atletas inocentes serão injustiçados", e se for demasiado indulgente, "vencem os trapaceiros".

Entre as decisões fica o pedido à equipa que tem estado a trabalhar numa reforma do Código da AMA para introduzir "melhorias regulamentares" sobre este assunto.