Daniel Sousa já não é treinador do Vitória e o reinado de Luís Freire está prestes a começar. Esta quarta-feira, antes da apresentação do novo treinador, o presidente dos vimaranenses António Miguel Cardoso justificou a saída de Daniel Sousa ao final de apenas três jogos.

"O que esteve na origem da rescisão por mútuo acordo, é importante que seja dito, é fundamentalmente o período de instalação da equipa técnica quem não funcionou da melhor forma. Temos uma estrutura profissional, competente, sempre foi dito que era importante que todas as equipas técnicas se integrem da melhor forma com essa estrutura. Isso foi falado antes do mister entrar, mas as coisas não funcionaram da melhor forma, por vários motivos. Decidimos, ambas as partes, por término à relação porque o importante é que prevaleçam os interesses do Vitória. Existiram esses problemas e era importante mudar o caminho e não continuar com o mister Daniel Sousa", afirmou.

E prosseguiu, avançando com o que "não correu tão bem": "Quando tomamos decisões, tomamo-las com o sentido de projeção. Observamos o historial das equipas técnicas e do clube e todos partimos para um caminho que pensamos que ia ser ideal. A integração não foi feita da melhor forma. Existe um período de instalação, em que têm de se habituar aos ritmos do dia a dia da estrutura. Temos uma linha muito direta e profissional, essa integração não estava a funcionar, havia problemas, coisas pequenas que afetavam o dia a dia. O caminho tinha de ser este, não havia caminho para trabalharmos em conjunto. Olhamos para a frente à procura do sucesso, quando as coisas não estão bem preferimos reagir".

Questionado sobre se foi um "erro de cálculo" o momento da contratação de Daniel Sousa, o presidente o Vitória atirou: "temos de tomar decisões todos os dias e olhando para trás as coisas não correram bem. A partir do momento em que percebemos... A decisão que foi tomada foi com um propósito. Não foi a melhor decisão do mundo e estamos aqui para reagir e para que as coisas possam correr bem".

"Chegámos a um ponto em que ambas as partes perceberam que não havia caminho juntos. Como consigo ter a certeza? É fácil. Temos uma estrutura, jogadores, staff e administração e sentimos que a linha de raciocínio não era a mesma. Não pomos nada em causa, mas percebemos que não havia caminho, temos muito a ganhar e por isso tínhamos de agir. Hoje acordamos com o sentimento de viragem, as pessoas estão todas com essa motivação. Ambas as partes sentiram que não havia caminho, por isso é uma rescisão com mútuo acordo", conclui.

Sobre o novo treinador, que assinou por época e meia, António Miguel Cardoso sublinhou que Luís Freire estava "no radar do Vitória há muitos anos". "Estamos convencidos que vamos entrar numa fase boa, temos muito a ganhar. O clube está ferido mas quer dar uma resposta, não só no próximo jogo mas até ao final da temporada. Temos um grupo que precisa do mister Luís Freire, de ter connosco o Douglas que é muito importante no grupo e que tanta falta nos fez nos últimos dias. É a peça que falta para que o Vitória possa ter uma época de muito sucesso. O treinador estava no radar do Vitória há muitos anos. Achamos que era o momento certo para vir. O contrato é válido por um ano e meio", acrescentou.