André Villas-Boas, em entrevista, abordou o tema da polémica saída de Cardoso Varela. A jovem promessa deixou o clube este verão e foi entretanto oficializada na Croácia, depois de uma batalha que envolveu a FIFA, mas o presidente do FC Porto ainda acredita num desfecho que possa, em parte, favorecer o clube.

«Neste momento, o FC Porto apenas pode proceder contra os atos ilícitos que ocorreram enquanto o atleta tinha 15 anos. Na FPF e na FIFA ganhámos todos os processos. Ou seja, foi negado ao clube amador croata a inscrição. É um processo muito parecido com o caso Mika Faye, jogador que o FC Porto esteve para contratar», disse o presidente, em entrevista ao jornal O Jogo.

«Temos muitas provas do seu desejo de ficar no FC Porto, documentadas, escritas, em conversa e acreditamos que o desejo do jovem não foi cumprido. Ver o Quenda e o Mora e pensar que, neste momento, provavelmente, se esfumou a carreira do Cardoso Varela por conta de interesses de agentes e intermediários é lamentável.»

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O presidente do emblema azul e branco foi ainda questionado sobre um eventual regresso, admitindo que «é praticamente impossível». «No caso de ele ver esta entrevista, gostávamos muito de o ter de volta. Mas não queria que isso implicasse ter que chegar a acordo com as pessoas que estiveram na base disto. Isso seria uma vitória, mas uma derrota ao mesmo tempo», atirou, depois de confirmar que o jovem teria um lugar na equipa A.

«Pepe e Conceição têm portas abertas para uma despedida»

O dirigente azul e branco falou também sobre as saídas de duas das principais figuras dos últimos anos do clube, admitindo uma despedida oficial para ambos.

«As portas do FC Porto estão abertas e ele sabe perfeitamente disso. Eu gostava muito que essa despedida envolvesse, por exemplo, um FC Porto-Real Madrid ou um FC Porto-Portugal. Fiz questão de lhe dizer isso. Compreendo que no caso da sua saída também haja uma ferida aberta, nem eu espero resolver com as minhas palavras», disse sobre Pepe, a quem propôs um cargo na estrutura.

«As portas estão abertas para ele, para a sua despedida, como estão abertas para o Sérgio Conceição. Se há algo que eu transmiti aos dois foi que jamais queria que acontecesse a ambos o que aconteceu comigo e a forma como eu fui tratado quando saí. E é por isso que a única coisa que posso fazer é deixar sempre as portas abertas e tratá-los com a elevada distinção que merecem».