Seis jogos, seis vitórias. Assim se definiu a fase de qualificação de Portugal para o Euro 2026 de futsal após Portugal ter encarado com seriedade a derradeira jornada, frente aos Países Baixos, e vencido uma partida recheada de golos (7-4) em Almere.

A equipa nacional presenteou os neerlandeses com a mesma receita que havia aplicado na primeira volta (4-2) e também nos dois encontros frente a Macedónia do Norte (5-1 e 3-0) e Andorra (7-2 e 5-0) numa prestação que começou com dois sustos, colocados por remates de Ceyar e Bouzambou.

Portugal revelou-se bem mais eficiente e abriu o marcador aos cinco minutos através de um contra-ataque iniciado por Bruno Maior e uma abertura que isolou a velocidade de Lúcio Rocha que fez o que quis de Ceyar, o seu marcador, com sucessivos movimentos de corpo e atirou, com categoria, para o primeiro golo do fim de tarde.

A equipa da casa, porém, continuou a praticar um futsal agradável e igualou aos 8’ numa arrancada de Boukhari, que manteve a bola jogável sobre a linha final antes de assistir Martinus, que marcou e, aos dez minutos, quase bisou, o que permitiria a reviravolta.

Nos minutos que se seguiram, Edu foi protagonista, travando com excelentes defesas as tentativas de Ceyar e Bouzambou, e a equipa nacional manteve a serenidade necessária para voltar a adiantar-se com dois golos dentro do mesmo minuto, aos 13’, através de um remate rasteiro de Carlinhos, tirado a partir de considerável distância após tabela com Afonso Jesus, segundos antes de Lúcio Rocha alcançar o bis num remate de primeira numa bola aérea após canto pela esquerda.

A primeira parte mantinha-se a ritmo muito veloz e os Países Baixos voltaram a aproximar-se no resultado aos 15’ com um remate em diagonal de Boukhari que conheceu ligeiro desvio na perna de André Coelho, mas Portugal revelava-se extremamente eficaz na marcação de cantos e Pany Varela também atirou para golo, de primeira, numa bola aérea.

Até ao intervalo, a equipa local voltou a reduzir, numa recarga de Kemps a uma boa defesa de Edu aos 19’, mas Portugal conseguiu uma segunda parte diferente, mais estável e voltou a aumentar a diferença aos 25' pelo guarda-redes Bernardo Paçó, numa ação ofensiva que lhe é característica.

Os Países Baixos voltaram a reduzir para a diferença mínima no bis de Boukhari aos 28, mas a equipa lusa, sem nunca perder o foco, chegou ao 6-4 no hat trick de Lúcio Rocha e, finalmente, ao 7-4 na estreia a marcar de Bruno Maior como internacional A, a 37 segundos do término da partida.