Com Portugal já qualificado, dois dias antes, para o EuroBasket 2025, que se disputará entre 27 de agosto e 14 de setembro repartido pela Letónia, Finlândia, Chipre e Polónia, foi naturalmente difícil ao selecionador nacional Mário Gomes não comentar e responder a questões que iam além do embate desta segunda-feira contra a Ucrânia, a contar para a 6.ª e última jornada da fase de qualificação do Grupo A.
No pavilhão do Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, onde o jogo decorrerá (19h00) contra o adversário que, ao ter perdido com a Eslovénia na ronda anterior, apurou automaticamente os linces para a sua quarta presença no campeonato (1951, 2007, 2011), após o único treino de ontem da Seleção, Mário Gomes falou até do momento que todos ambicionam: que Portugal possa, finalmente, contar com o poste Neemias Queta, já que por essa altura a NBA estará parada, havendo apenas as ligas de verão.
«Claro que sim, iremos ter o Neemias na equipa. Nem sequer foi o Nuno Manaia [diretor técnico nacional] que puxou a conversa, foi o próprio Neemias que puxou o assunto, dizendo que, se a Seleção se qualificasse, no próximo verão queria cá estar», contou o selecionador sobre uma recente visita de Manaia aos Estados Unidos para se encontrar com o campeão pelos Celtics, que está a fazer a sua melhor temporada de sempre, mas ontem estava doente na receção aos Knicks no TD Garden.
Gomes recordou, uma vez mais, que Queta «só não vem à Seleção quando não pode. Ele quer muito vir e gosta de cá estar. Também sabe que sempre que puder vir é recebido de braços abertos porque faz parte da equipa, tal como fazem mais meia dúzia de jogadores que não têm vindo e já cá estiveram», esclareceu o técnico que até agora apenas contou com o poste de 25 anos e 2,13m nas duas primeiras partidas, ainda a contar para a 2.ª fase de pré-qualificação - Roménia (59-75) e Chipre (102-69) - em agosto de 2023. Daí até agora, até porque Neemias esteve lesionado no passado verão, a Seleção disputou os restantes nove encontros, hoje será o décimo, sem o contributo do intimidador poste.
Já sobre o encontro contra a Ucrânia, a quem na 1.º mão vencemos por 77-79, Gomes referiu que espera que «a equipa jogue com a atitude que costuma ter, porque apesar do jogo não ter consequências em termos de classificação, tem consequências em termos da imagem da Seleção. É importante para a imagem do nosso basquetebol ganhar aqui. Conto que a equipa se apresente sem qualquer pressão acrescida, apenas com a pressão normal de competir. Sabemos que temos de atuar ao nosso nível máximo. A nossa grande força é a química do grupo, este grupo de jogadores vale como equipa, vale como um todo, é muito mais do que estarmos baseados em duas ou três estrelas. Sempre acreditei que íamos conseguir o objetivo», concluiu.