
Daria Kasatkina disse que estava «nervosa e emocionada» por representar a Austrália pela primeira vez, o que deve acontecer amanhã, no WTA 500 de Charleston, nos Estados Unidos.
A tenista de 27 anos, que nasceu na cidade russa de Tolyatti, revelou que não tinha alternativa a mudar de nacionalidade depois de se ter manifestado contra a invasão russa da Ucrânia e de ter assumido a sua homossexualidade.
«Com tudo o que está a acontecer no meu país, não tinha outra opção. Como homossexual assumida, se queria ser eu mesma, tinha de dar este paso. E dei-o», justificou a detentora de oito troféus WTA.
Há três anos, que assumiu uma relação com a patinadora Natalia Zabilako que nasceu em Talin, na capital da Estónia, mas competiu pela Rússia, país para o qual se mudou em 2014, para formar dupla com Alexander Enbert. No Mundial de 2019 conquistou a medalha de bronze em patinagem no gelo.
Atualmente, Kasatkina que ocupa o 12.º lugar na hierarquia feminina vive agora em Melbourne e está ansiosa pelo momento em que vai apresentar-se como australiana. «É uma sensação diferente, mas estou muito emocionada. Tenho de habituar-me. Contudo, estou muito feliz por começar este novo capítulo da minha vida a representar a Austrália nos maiores palcos do Mundo do ténis», prometeu.
Há mais de dois anos que a tenista de 27 anos não pisa território russo, desde que em 2022 assumiu que era lésbica. A Rússia tem leis bastante restritivas e, há quem diga até persecutórias, sobre pessoas e defensores LGTB. Desde essa altura passou a treinar-se em Espanha e a viver no Dubai