
Nos últimos anos, o calendário da Fórmula 1 tem vindo a incluir cada vez mais circuitos citadinos. Um deles é o de Albert Park, em Melbourne, mas o que distingue a pista australiana das restantes é o facto de estar localizada num parque público, no centro da cidade.
A transformação de Albert Park num circuito de corridas começa dois meses antes do fim de semana de Fórmula 1 e para viabilizar a mudança são necessárias cerca de 400.000 horas de trabalho, o que cria mais de 200 empregos temporários.
Nos dias de pico da construção do circuito, 150 camiões fazem o transporte de material entre o parque e o local onde se encontra armazenado o equipamento utilizado na obra. A construção começa pela bancada principal, situada na reta da meta. De seguida, são construídas as restantes bancadas e diversas infraestruturas de entretenimento para os fãs. Para a segurança da pista, são utilizados mais de 3500 blocos de betão e redes de proteção com uma extensão total superior a 10 quilómetros.
Durante toda a construção, o parque permanece aberto ao público, sendo encerrado apenas no início da semana da corrida. Após a competição, o parque mantém-se fechado por mais alguns dias, reabrindo em seguida, mesmo durante o desmantelamento da pista, que demora cerca de um mês.
Uma curiosidade partilhada pelos habitantes locais é que, durante o fim de semana da Fórmula 1, a relva do parque fica mais verde do que em qualquer outra altura do ano, mas na verdade isso é feito para melhorar a imagem durante a transmissão televisiva.
A Fórmula 1 compete em Melbourne desde 1996 e, em toda a história do circuito de Albert Park, o asfalto só foi repavimentado uma vez. Isso aconteceu em 2021, quando os organizadores aproveitaram a repavimentação para alterar o perfil de algumas curvas, tornando a pista mais rápida.
As únicas estruturas permanentes usadas durante o fim de semana de Fórmula 1 são a própria pista e o edifício das boxes, construído antes da primeira edição do Grande Prémio da Austrália em Melbourne.