Os primeiros meses de Sérgio Conceição ao leme do Milan têm sido verdadeiramente atribulados. Depois da conquista da Supertaça, logo nos primeiros dias de reinado, o treinador português não conseguiu dar sequências aos bons resultados e encontra-se na 9.ª posição na Serie A, fora do acesso às competições europeias. Na véspera de enfrentar o Inter, na 1.ª mão das meias-finais da Taça, admite mesmo que essa é a via mais fácil para os rossoneri estarem na Europa na próxima época.

"Temos de entrar fortes no jogo e vencer. Temos a consciência de que essa será a forma mais rápida de jogarmos a Liga Europa no próximo ano. Contudo, ainda temos alguns jogos para na liga e para ganhar", disse Sérgio, na sala de imprensa do Milan.

O ex-técnico do FC Porto afirmou ainda que conquistar a Taça o deixaria contente, mas que os últimos meses em Itália não tem sido fáceis.

"Ficaria satisfeito, porque significaria ganhar um título. Mas primeiro temos de ganhar as 'meias' e depois a final" - e acrescenta: "O meu pensamento todos os dias é trabalhar no duro para a minha equipa evoluir. Mas quando penso nos últimos dois meses, não sei bem o que sinto. Neste momento, não sou a pessoa mais feliz do mundo. A relação com a equipa tem sido muito boa, mas temos de melhorar ainda em muitas coisas. Mas não é fácil para ninguém... sobretudo porque me chamo Sérgio e não 'Sergini'", ironiza.

O treinador dos milaneses falou ainda dos dois portugueses no seu plantel - Rafael Leão e João Félix. Sobre o extremo garante que, apesar da inconsistência, é um dos melhores do mundo. Já sobre o avançado emprestado pelo Chelsea, desvalorizou a polémica conversa entre ele e Kyle Walker, que o chamou a atenção no intervalo do último encontro.

"Mantenho a minha opinião: Rafa continua a ser dos melhores do mundo, em termos de talento. Ele tem de encontrar continuidade, mas não me perguntem porque ele começa de início ou fica no banco. Isso são escolhas que fazemos todos os dias. Sobre Félix e Walker? São conversas normais entre jogadores", declara.