
O homem de 53 anos detido na segunda-feira após o atropelamento de dezenas de pessoas em Liverpool é suspeito de tentativa de homicídio, condução perigosa e condução sob o efeito de drogas, revelou esta terça-feira a polícia.
A superintendente-chefe adjunta, Karen Jaundrill, adiantou, numa conferência de imprensa, que o homem é originário de West Derby, nos subúrbios da cidade e que continuava a ser interrogado.
No total, pelo menos 65 pessoas terão ficado feridas, das quais 50 precisaram de tratamento hospitalar.
A chefe-adjunta da polícia, Jenny Sims, acrescentou que 11 feridos permanecem no hospital, mas que "todos se encontram em situação estável e parecem estar a recuperar bem".
Sims elogiou os serviços de emergência, que reagiram rapidamente a uma "situação perigosa" e chegaram ao local em segundos, socorrendo as vítimas.
"Não havia informações que sugerissem a ocorrência de um incidente desta natureza e, tal como afirmámos anteriormente, o incidente não está a ser tratado como terrorismo", salientou.
"Uma investigação exaustiva sobre as circunstâncias exatas do incidente está em curso", vincou.
O incidente decorreu já no final das celebrações dos adeptos do clube de futebol Liverpool pela vitória do campeonato da primeira divisão inglesa.
Dezenas de milhares de pessoas encheram as ruas para o desfile de um autocarro com os jogadores da equipa.
Segundo Karen Jaundrill, o suspeito, condutor do veículo que atropelou os transeuntes, terá conseguido passar os cordões de segurança e chegar à rua, que estava fechada ao trânsito, seguindo uma ambulância que ia socorrer uma pessoa com uma crise cardíaca.
Atualmente numa visita ao Canadá, o rei Carlos III declarou estar "profundamente chocado" e "triste" com a tragédia.
"É verdadeiramente lamentável que o que deveria ter sido uma celebração tão alegre para tantas pessoas tenha terminado em circunstâncias tão desagradáveis", escreveu o monarca de 76 anos na rede social X.