
Se os primeiros segundos foram jogados a alta velocidade… então estava apresentado o dérbi: que jogaço!
O Sporting entrou a todo o gás começou desde cedo a ameaçar a baliza de Pedro Henriques, o Benfica reagiu de imediato e Pau Bargalló deu o primeiro sinal de perigo. O duelo estava de parada e resposta e Alessandro Verona viu a barra negar-lhe o golo (3’). O italiano tentou pouco depois, mas o guarda-redes das águias disse presente.
Pau Bargalló voltou a testar a atenção de Ângelo Girão (5’), com o capitão leonino a brilhar no minuto seguinte, após desvio subtil de João Rodrigues.
E se Verona teve a barra como obstáculo, o poste foi inimigo de Nolito Romero (7’). Apesar do equilíbrio (quase) absoluto, começava a perceber-se que os leões estavam mais incisivos – em especial através de remates exteriores - e que seria o conjunto orientado por Edo Bosch a inaugurar o marcador. Assim aconteceu. Transição rápida da formação verde e branca, passe de Henrique Magalhães e Roc Pujadas fez explodir de alegria os adeptos leoninos presentes em Vila Nova de Famalicão.
A desvantagem não beliscou a organização do Benfica e os encarnados conseguiram reagir ainda antes do intervalo. Zé Miranda descobriu o melhor caminho para isolar Diogo Rafael, com o camisola 4, na cara de Ângelo Girão, a fazer cair o capitão do Sporting e a levar tudo empatado para o descanso.
E se a primeira parte foi intensa – pena foi ter tido apenas dois golos, porque o empate podia perfeitamente ser a três ou quatro bolas… -, a segunda não ficou nada atrás e os artistas dos dois eternos rivais voltaram a dar espetáculo. Aliás, não é por acaso que um dérbi entre Benfica e Sporting é tido como um dos mais apaixonantes do mundo.
Logo após o reatamento, Pau Bargalló foi derrubado por Nolito Romero, já dentro da área, e o Benfica beneficiou do consequente penálti. Chamado à conversão, João Rodrigues permitiu a defesa a Ângelo Girão, mas na recarga não vacilou e colocou os encarnados pela primeira vez na frente.
O ritmo continuou frenético, os dois guarda-redes foram constantemente colocados à prova, mas foi o Sporting que teve mais capacidade para gerir todas as situações do jogo e, assim, dar a volta ao texto: Toni Pérez empatou – lance que levou os árbitros ao visionamento das imagens – e Alessandro Verona, de penálti – falta de Diogo Rafael (e cartão vermelho, por ter levado o stick à cara de Toni Pérez -, assinou nova reviravolta no dérbi.
Faltavam mais de 10 minutos e ainda tudo podia acontecer. Mas foram os leões a aumentar a vantagem e, dessa forma, a selarem o triunfo: mau passe de Pau Bargalló e Nolito Romero, isolado, pintou, definitivamente, o dérbi de verde.
O Sporting vai agora defrontar o UD Oliveirense na final da Taça de Portugal, prova que já não conquista desde a época… 1989/1990.