
As expectativas estavam elevadíssimas, face ao deslize do rival Paços de Ferreira, mas a enorme vontade da UD Oliveirense não foi suficiente para bater o espírito aguerrido do Marítimo. Entre garra, alento e vontade, reinou a igualdade (1-1) no duelo deste sábado e, com este resultado, os unionistas desperdiçaram uma oportunidade de ouro para abandonar a linha mais perigosa da tabela.
O mote para a partida era claro no seio da turma de Oliveira de Azeméis: vencer e abandonar a zona de despromoção direta, secção da tabela que ocupa desde a sexta jornada. Ainda assim, o peso da responsabilidade fez-se sentir e foi o Marítimo a ditar e controlar o ritmo de jogo desde cedo, anotando as primeiras jogadas de perigo.
A formação comandada por Ivo Vieira aproximou-se, por inúmeras ocasiões, da baliza contrária e tentou ameaçar, principalmente de bola parada, mas foi precisamente esse o calcanhar de aquiles dos insulares. Isto porque, à passagem do minuto 34, Simão Martins inaugurou o marcador da disputa com um autêntico míssil teleguiado! Nota positiva para a jogada estudada dos unionistas, a causarem estragos na sequência de um livre direto batido à maneira curta.
Daí em diante, o conjunto visitante viu-se obrigado a correr atrás do prejuízo e foi protagonista único das inciativas de maior perigo. Noah Madsen e Fabio Blanco foram os principais agitadores da frenética partida e ameaçaram as redes contrárias por diversas ocasiões, mas o emblema rubro-verde mostrou-se bastante perdulário em terrenos avançados e a desvantagem manteve-se até ao período de descanso.
Antítese do animado primeiro tempo
No reatar do embate, a toada manteve-se e as ambições da UD Oliveirense sofreram, prontamente, um duro golpe, uma vez que Mário Júnior travou Fabio Blanco com uma entrada imprudente, no interior da área, e o juiz da partida assinalou grande penalidade a favor dos insulares. Alexandre Guedes (51') não vacilou da marca dos onze metros e rubricou o tento da igualdade, colocando a narrativa novamente em aberto.
As oportunidades de perigo escassearam de forma abrupta, após o golo, e o ritmo de jogo sofreu uma queda quase a pique, com ambos os conjuntos a apresentarem diversas e inúmeras dificuldades no que toca à fase de saída com bola. Tanto UD Oliveirense como Marítimo promoveram, durante largos minutos, um jogo mastigado, longe do nível apresentado no primeiro tempo.
Desta forma, e apesar do esforço final realizado pelos homens de Oliveira de Azeméis na reta final da disputa, o resultado não sofreu qualquer alteração e o empate manteve-se, para a enorme infelicidade dos adeptos presentes no Estádio Carlos Osório. Uma verdadeira oportunidade de ouro desperdiçada pela UD Oliveirense, que já não depende exclusivamente de si na luta pelo play-off.
*por Diogo Organista Pereira