Francisco Neto não sente o lugar em risco no comando da Seleção feminina de futebol, que se streia no Euro'2025 quinta-feira, contra a Espanha, na 1.ª jornada do Grupo B. Em entrevista à Sport TV, o selecionador nacional deu conta do apoio que Pedro Proença, presidente da FPF, tem passado à estrutura. 

"Já nos transmitiu muita tranquilidade, confiança naquilo que é o nosso processo, dar-nos todas as condições para que podermos desenvolver o nosso trabalho, com perfeita consciência de que o feminino é também uma aposta desta Direção, tal como foi na última. Esteve connosco nos resultados mais pesados na Liga das Nações, teve o cuidado de ir ao balneário dar uma palavra de conforto a todo o staff e temos tido todas as condições", disse Francisco Neto, lembrando que "o futuro dos treinadores está sempre em jogo". "Se as pessoas só quiserem avaliar o curto espaço de tempo é sempre mais fácil dizermos que pode estar em risco, porque a última imagem é que fica, se quisermos avaliar o processo todo e o que têm sido os últimos 11 anos, as coisas ficam mais leves para o meu lado, mas acima de tudo muito tranquilo", sublinhou.

«Acima de tudo muito orgulhoso naquilo que temos vindo a fazer como grupo, sou apenas mais uma peça desta roda-gigante que é o futebol feminino, não pretende, nem quero, ser mais do que isso, portanto é fazer o nosso trabalho o melhor que sabemos e podemos para ajudar estas jogadoras a serem cada vez mais competitivas. Um orgulho de poder estar onde estou há tantos anos e depois do Campeonato da Europa se fizer sentido para mim e para a Direção seguirmos o caminho juntos, senão é o que tiver de ser, acima de tudo quero ser sempre uma peça da solução e nunca do problema", acrescentou o técnico.

As Navegadoras estão num grupo com Espanha, Itália e Bélgica e Francisco Neto traça o objetivo. "Acima de tudo, com competência, organização e muita ambição naquilo que temos vindo a fazer. Processo tem sido longo, difícil, mas com as jogadoras a darem uma resposta muito positiva e a acreditarem muito no que poderão fazer neste Europeu. Esse é o primeiro passo, acreditar que podemos passar e fazer algo que ainda não foi feito, que é o objetivo traçado: passar a fase de grupos", nota, garantindo que o luto provocado pela descida na Liga das Nações está ultrapassado. "Na alta competição tem de ser. Não podemos viver do passado. Serve acima de tudo para adquirir experiência, conhecimento, para nos fortalecer e conhecer em que ponto e em que estado estamos. Seja um passado mais ou menos positivo, tem sido assim a base de crescimento nestes onze anos e que permitiu estar em dois Europeus e num Mundial. Temos aproveitado essas experiências e aprendizagens para nos fortalecer e fazer de nós melhores", justificou.