A FIFA aplicou esta segunda-feira uma suspensão de 10 jogos (5 deles com pena suspensa por dois anos) a Marco Curto, na sequência do incidente ocorrido em julho deste ano, num duelo de pré-temporada entre o Como (a equipa na qual atuava) e o Wolverhampton, por alegados insultos racistas ao sul-coreano Hee-Chan Hwang. Agora, praticamente três meses depois do sucedido, após analisar as provas e ouvidos os testemunhos, a FIFA considerou o atual jogador do Cesena (está emprestado) como culpado.

"O jogador Marco Curto foi considerado como culpado de comportamento discriminatório e suspenso por 10 jogos. Metade desses jogos são de pena suspensa e o jogador foi instruído a fazer serviço comunitário e ainda marcar presença em sessões de treino e educativas organizadas numa organização aprovada pela FIFA", explicou um porta-voz do organismo sobre o tema.

Em reação à decisão, o diretor desportivo dos ingleses mostrou-se satisfeito pela mensagem que esta sanção envia a todos os envolvidos no fenómeno do futebol. "Acolhemos a decisão da FIFA de suspender Marco Curto após o incidente de discriminação ocorrido no nosso jogo de pré-temporada com o Como. Esta suspensão envia uma mensagem clara de que o racismo e o comportamento discriminatório não serão tolerados no futebol e na sociedade", disse Matt Wild.

Note-se que este incidente em relvado provocaria a expulsão de Daniel Podence, já que o português se indignou com o sucedido e terá agredido o jogador italiano pelo suposto insulto proferido. Já o Como deixou sempre claro que o seu futebolista estaria inocente e que tudo foi tirado do contexto e elevado a "proporções desajustadas".