
José Mourinho garantiu esta quinta-feira, após a vitória do Fenerbahçe sobre o Portimonense (2-1) num jogo particular disputado no Estádio Municipal de Portimão, que vai regressar a Portugal no futuro. No, entanto, o técnico do emblema de Istambul não especificou se será para treinar um clube ou a Seleção Nacional, deixando apenas a certeza de que não será para o clube algarvio, orientado pelo amigo Tiago Fernandes, com quem fez uma 'flash interview' conjunta à Sport TV.
"Venho para Portugal de certeza. Ainda não aconteceu, mas vai acontecer. Não porque me sinto perto de acabar, porque me sinto ainda muito longe de acabar. Não quero vir para Portugal para um retiro dourado ou para os últimos anos da minha carreira, quero vir para Portugal no momento alto da minha carreira, da minha saúde, da minha força física e mental, e vou voltar de certeza. Clube ou Seleção? Qualquer coisa. O Portimonense não, que tem um treinador bom...", brincou.
"É um regresso a casa, mas é a trabalhar, é uma realidade complicada, temos eleições para a presidência no início de setembro, isso tem um impacto no clube que traz dificuldades, traz dúvidas, muitos pontos de interrogação. Mesmo a nível de mercado saiu muita gente, ainda não entrou muita gente, temos Champions League para jogar na primeira semana de agosto, mas estamos a trabalhar, estamos a dar no duro. Estou com um bronze, mas é um bronze de trabalho [risos]..."
O Special One, que foi a estrela da noite ao distribuir autógrafos e tirar fotografias com jogadores e elementos da equipa técnica do Portimonense, falou sobre a amizade com Tiago Fernandes, que já vem desde o tempo em que trabalhou com o pai, o falecido Manuel Fernandes: "O pai dele foi muito importante na minha carreira e conheço o Tiago desde que ele era pequenino, fui vendo o crescimento dele nesta paixão que veio do pai e que está no sangue. E apesar de ser um treino, porque isto não é mais do que um treino, estar no banco e ter o menino com quem eu brincava 'tipo tio' é uma coisa gira. O Portimonense também me diz muita coisa, o meu pai é daqui, foi neste campo que o meu pai jogou o primeiro jogo a sério, tenho metade de sangue algarvio e tudo isto me diz muita coisa. Mas agora tenho de meter uma cunha ao míster, porque preciso deste campo para jogar no proximo jogo [risos]..."
Tiago Fernandes, por sua vez, retribuiu os elogios e lembrou esses tempos. "Desde muito novo passei a admirá-lo muito, porque passávamos muitas horas juntos, o míster trabalhava com o meu pai e foi uma pessoa que sempre me abriu a porta para me receber em todos os clubes em que esteve. Aprendi muito com ele a ver os treinos e a ver a evolução dos clubes em que passou. Tenho de estar grato quando estas pessoas que conhecemos estão noutro patamar, continuam a ser as mesmas pessoas. Estivemos ali um bocadinho antes do jogo a conversar, a matar saudades porque não conseguimos estar sempre todos juntos, mas temos sempre uma mensagem um para o outro. E também foi uma pessoa muito importante nos últimos dias do meu pai, porque esteve sempre lá connosco", realçou.
De resto, o treinador do Portimonense destacou a importância de defrontar estas equipas na preparação para a nova época. "É muito importante estar num clube que, para já, tem estas condições de treino, que são fantásticas, tanto aqui como no centro de treinos, e receber as equipas que estão aqui a estagiar também é bom para nós, porque estas equipas colocam-nos dificuldades diferentes das equipas da 2.ª Liga, são boas experiências para nós e esta pré-época serve para isso, para testarmos os jogadores e sentirmos como eles se sentem nesta fase, o que eles interpretam do jogo que queremos para a equipa, mas para seres testado tem de ser contra alguém que te crie essas dificuldades, porque o Fenerbahçe é claramente uma equipa com muita qualidade e hoje criou-nos muitas dificuldades em alguns momentos, mas isso é bom para tirarmos ilações, aprendermos e crescermos", finalizou.